19 de janeiro | 2025

População critica redistribuição dos serviços do Centro de Saúde da Mulher para as UBSs

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MUDANÇA DE LOCAL!
Usuárias reclamam da falta de aviso e de dificuldades para agendar consultas em novos locais. Prefeitura aponta problemas estruturais no ARE como motivo da transferência dos atendimentos.

A recente transferência dos serviços do Centro Especializado de Saúde da Mulher, localizado no Ambulatório de Referência e Especialidades (ARE), para Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Olímpia está gerando um intenso debate entre moradores e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

A decisão, anunciada pela Prefeitura esta semana, teria sido motivada por problemas estruturais no prédio do ARE e pela necessidade de realocar o Laboratório Municipal após sua interdição. O laboratório ocupou o espaço do Centro e os usuários não ficaram sabendo com antecedência.

SERVIÇOS REALOCADOS PARA UBSs
De acordo com a Secretaria de Saúde, os atendimentos de ginecologia foram transferidos para a UBS Dr. Clodoaldo Marins Sarti, no Jardim Santa Ifigênia, e para a ESF Dr. Gilberto Vicente Mora, em Baguaçu.

Já os atendimentos psicológicos passaram a ser feitos na UBS Dona Dalva Fernandes Moreda Ayusso, no Jardim Campo Belo. A Prefeitura afirma que os serviços de fisioterapia uroginecológica e mastologia continuam no ARE, junto com os laboratoriais.

A decisão de remanejar os atendimentos causou insatisfação pela falta de comunicação prévia e ampla, o aumento da dificuldade de acesso aos serviços e a percepção de descaso com as necessidades femininas.

CRÍTICAS À GESTÃO MUNICIPAL
Nas redes sociais uma usuária, por exemplo, disse: “Antes era mais fácil resolver as coisas. Agora, temos que ficar de um lado para o outro procurando onde estão os serviços”, comentou em vídeo amplamente compartilhado.

Outros relatos destacam o impacto da mudança na agilidade dos atendimentos, que eram considerados rápidos e especializados no antigo espaço. “Era o único lugar onde eu conseguia marcar consultas sem esperar meses. Isso é um desrespeito com quem depende do SUS!”, disse a moradora.

PROMESSAS E REPAROS
Em resposta às críticas, o secretário de Saúde, Márcio Iquegami, afirmou que a mudança foi emergencial e necessária para garantir a segurança de pacientes e profissionais.

Segundo ele, o prédio original do Laboratório Municipal já está em reforma, e os serviços poderão ser reavaliados assim que as obras forem concluídas.

A gestão também prometeu que os atendimentos mantidos no ARE continuarão funcionando normalmente e com a mesma qualidade. Contudo, o discurso oficial não foi suficiente para conter a revolta de parte da população, que cobra mais planejamento e transparência na condução das mudanças.

A SAÚDE COMO PRIORIDADE
Entre as reivindicações, moradores apontam que a gestão deveria priorizar investimentos em saúde, em vez de destinar grandes verbas para outras áreas. “Estão gastando milhões com cultura enquanto a saúde está um caos! As mulheres precisam de atendimento digno, não de festas”, desabafou uma cidadã durante manifestação.

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