Trata-se de uma situação que, embora envolva diretamente os policiais que atuam no combate ao tráfico de entorpecentes, não se pode responsabiliza-los pelo insu­ces­so. O fato é que, em razão da própria lei, é difícil que um suspeito seja até detido e continue preso por mu­ito tempo em razão da dificuldade existente para confirmar a prisão em flagrante.

E, em razão do abandono social, a maioria é composta por jovens sem planos para o futuro, que abandonaram os estudos para viver a serviço de traficantes. Em quase todos os casos, são filhos de famílias desestruturadas e, é nesse ponto fraco da sociedade que o recrutador começa a agir.

Primeiro, oferecendo drogas para o menor consumir. Depois, cobrando a droga fornecida fazendo o menor já viciado atuar na comer­cia­lização dos entorpecentes.

Em Olímpia, recentemente a Polícia Militar acabou prendendo em flagrante o desocupado RAS, de 26 anos de idade, morador da Rua 7, no Jardim Santa Ifigênia, na zona norte de Olímpia, acusado de pelo menos ser uma das pessoas que recrutam menores para atuarem no tráfico de entorpecentes naquele bairro.

Sua prisão aconteceu no final da tarde do dia 24 de maio,  depois que o adolescente RDL, de apenas 15 a­nos, confessou que comer­ci­a­lizava drogas para RAS, depois de ser flagrado traficando horas antes.

RAS foi detido pela Polícia Militar nas proximidades do Ceret (Centro Recreativo do Trabalhador) Olynto Zambon, conhecido popularmente por Ginásio de Esportes e apresentado na Delegacia de Polícia de Olímpia.

Consta que o delegado Marcelo Puppo de Paula confirmou a prisão em flagrante e determinou que ele fosse encarcerado na cadeia pública de Severínia, onde permaneceria à disposição da justiça. Entretanto, RAS já pode ter sido colocado em liberdade.