31 de janeiro | 2016

PGR investiga irregularidades no Fies em faculdade de Olímpia

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A procuradora da República Priscila Costa Schreiner está investigando uma eventual irregularidade que teria sido praticada por uma faculdade em Olímpia. A abertura do inquérito civil vai mirar fatos relacionados ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). “As diligências até então realizadas não esgotam a necessidade de aprofundar a investigação”, afirma a procuradora na portaria da investigação.

Pelo menos é isso que consta na informação que foi publicada na quinta-feira desta semana, dia 28, pelo jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto, na Coluna do Diário, assinada pelo jornalista Rodrigo Lima. Entretanto, não aparecem outros detalhes a respeito do que se trataria a investigação.

Embora não tenha sido possível confirmar que se trata da Uniesp que sucedeu e ocupou o imóvel da antiga Faer – Faculdade Ernesto Riscali, esta instituição esteve envolvida em incidentes relacionados ao Fies.

Como se recorda, em setembro de 2014, esta Folha publicou que o fato de a direção da escola ter proibido aproximadamente 300 alunos de todos os cursos de fazerem as provas do bimestre na Faer/Uniesp, localizada Rua Bruno Riscali, número 569, no Jardim Vila Hípica, zona sudeste de O­lím­pia, tinha virado um caso de polícia. Isso porque se sentindo prejudicados com a situação, esses alunos procuraram a Delegacia de Polícia para registrar uma queixa.

Consta que no início da noite do dia 23 daquele mês, por volta das 19 horas, em meio à semana de provas, vários alunos ao chegarem às salas de aula foram impedidos de fazer provas por causa de problemas no aditamento do financiamento desses alunos. Segundo informações, alguns estavam com aditamento em dia, outros alegavam que o gerente dos bancos não haviam assinado esses documentos.

Os professores diziam antes de iniciar a aplicação das provas, que tinham listas que constavam nomes dos alunos que estavam em dia e autorizados a fazerem as provas e os nomes que não estavam, ou seja, que eram considerados inadimplentes não poderiam fazer as provas.

Foi informado aos alunos que eles tinham até o dia 30 daquele mês para regularizarem os aditamentos pendentes e que, após estarem de pos­se desses documentos já em ordem, seria marcada uma nova data para fazerem as provas.

Os alunos saíram da sala e foram falar com a direção da faculdade, mas ela não os teria atendido, recebendo apenas um advogado que representava os alunos, mas sem resolver a questão.

Segundo consta no boletim registrado na Delegacia de Polícia no final da mesma noite, pelos alunos André Luiz Alves da Costa, de 35 anos de idade; Vanessa Benevides de Souza Gonçalves, de 31; Danilo Henrique de Andrade, de 18; e Diego de Souza, de 22, todos eles financiaram seus estudos através do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), pelo sistema Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior).

Ainda de acordo com o boletim registrado pelo delegado Marcelo Pupo de Paula, os alunos, alguns por inadimplência, outros por falha de cadastra­mento do sistema, não puderam fazer as provas.

A instituição teria acordado com grande parte dos alunos em contrato particular que estes, ao final do curso, não pagariam o Fies, o que seria feito pela instituição. Em contrapartida os alunos prestariam serviços à comunidade.

Ocorre, no entanto, que o valor das mensalidades pagas pelo Fies, seriam em alguns casos pelo menos o dobro mais caras do que as cobradas por outras faculdades da região.

 

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