25 de janeiro | 2015

Perda da Daemo daria para abastecer cidade de 30 mil habitantes

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Ao analisar as últimas informações sobre perdas por conta de vazamentos na rede de distribuição, principalmente, pode-se concluir que as perdas de água tratada que são registradas diariamente pela Superintendência de Água, Esgoto e Meio Ambiente – Daemo Ambiental seriam suficientes para abastecer outra cidade do porte de 30 mil habitantes.

Para se chegar esse número de 30 mil habitantes, basta que seja considerado que o percentual de perda é de aproxi­madamente dois terços. Além disso, também que a cidade recebeu cerca de 30 mil turistas no período do final de ano.

Como se sabe, de acordo com uma informação recente do diretor da autarquia, Antônio Jorge Motta, o órgão está sofrendo um prejuízo de aproximadamente 43% do volume tratado e jogado na rede, mas que não chega às torneiras e some no subsolo da cidade.

De acordo com o diretor da autarquia, o sistema de distribuição, seja por meio da rede a partir da ETA (Estação de Tratamento de Água), do Jardim Toledo, seja da rede interligada aos poços profundos, desperdiça mensalmente, entre 193,2 mil a 197,8 mil metros cúbicos de água tratada.

Além disso, também considerando as últimas informações, o Daemo esses 43% do volume que estão sendo desperdiçados representam um prejuízo, inclusive ambiental, aproximadamente 35% maior do que a situação apontada nesta semana para São José do Rio Preto.

Em Rio Preto, segundo um relatório do Ministério das Cidades, com dados de 2013, revela que o percentual de perda de água nas tubulações passou de 26% em 2012 para 32% em 2013. Trata-se de um relatório elaborado pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento.

No caso de Olímpia, o problema o sumiço de água ocorre mais na rede da ETA que abastece a área central, zona sul e parte dos bairros da zona oeste.

Segundo o diretor, mensalmente a Daemo produz 460 milhões de litros de água, ou seja, 460 mil metros cúbicos, sendo 330 mil metros cúbicos dos poços e 130 mil metros cúbicos da estação de captação do córrego Olhos D´água.

SITUAÇÃO BEM PIOR

Mas, na ocasião em que analisou a questão, ainda em novembro de 2014, Jorge Motta dizia que se tratava de uma situação que já teria sido bem pior uma vez que tem realizado alguma coisa no sentido de troca da rede antiga da cidade. Segundo ele, em 2009 essa perda era de aproximadamente 60% a 65%.

“O Daemo está engatinhan­do no que diz respeito ao combate de perdas. Só nesse governo é que tem mudado as coisas. Ficou muito tempo sem se investir em redes novas, muitos anos sem recuperação de redes e substituição de redes antigas. Então, trabalhamos com perda em torno de 42%”, explicava.

E acrescentava: “Vimos fazendo investimento em infra­estrutura de troca de encanamento, de registros, para combater a perda. Por isso, se formos atacar de uma só vez todos os problemas que temos em Olímpia, nós, financeiramente, não teremos condições. Mas, um trabalho devagar é possível, dentro de nossas condições financeiras. Fazer de uma vez só é impossível”.

REGIÃO CENTRAL 

Mas o grande problema está justamente na região central da cidade: “Vimos fazendo isso em todos os lugares onde é possível. No centro não há como fazer. É impossível fazer tudo de uma vez”.

Motta projeta trocar a rede antiga da Rua David de Oliveira desde o cruzamento com a Rua Síria até ao cruzamento com a Avenida Aurora Forti Neves. “Mas isso pararia a cidade”, lamentou à época.

Esse vazamento substancial revelado por Mota alcança também os poços profundos. Segundo ele, há poços novos, mas também há os antigos. Por outro lado, há redes novas, mas também há as antigas. Além disso, tem poço novo com rede antiga, que tem problema.

O diretor diz que se trata de um grande problema, mas que não se resolve totalmente. Motta afirma que foi recuperando cerca de 10% a cada ano que chegou à média de 42% a 43% de perdas.

A solução definitiva envolve problemas financeiro, logístico e problema temporal: “envolve tudo isso e a todos”. Mas trabalha com a ideia de num prazo entre 20 a 15 anos, essa redução das perdas cair para 20%. “Zerar é impossível. É um caminho sem fim. Vai e volta refazendo. É uma constante”, avisava.

 

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