16 de setembro | 2007

Pai denuncia invasão de domicílio e agressão a filho menor

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O pai de um dos menores apontados pela polícia como responsáveis pelos incêndios em 10 veículos na cidade de Severínia, que inicialmente se identificou com o nome de Juvenal Reis da Silva, morador na rua Pedro Lopes, número 100, Cidade de Deus, está denunciando policiais militares de invasão de domicílio e agressão ao seu filho que tem 14 anos.

Acompanhado de Ana Lúcia dos Santos Souza, rua 30 de dezembro, 560 B, centro de Severínia, ele esteve numa das emissoras de rádio da cidade onde se queixou dos atos praticados pelos policiais militares que estavam em diligência para esclarecer o caso.

Além de reclamar de invasão de domicílio enquanto trabalhava na roça, de onde teria chegado por volta das 18h30, diz que os policiais fizeram sua nora sair de dentro de casa para agredirem o menino, ocasião que os mesmos teriam até quebrado a cama da casa.

De acordo com Juvenal, o menino foi levado ao distrito policial onde, segundo disse, teria novamente apanhado dos policiais. Segundo ele os policiais queriam que o menino informasse nomes de pessoas possivelmente envolvidas com os incêndios, principalmente na manhã da segunda-feira, dia 10 de setembro, quando, inclusive, foi queimado o carro de um policial militar.

Ele reclama que os policiais estão querendo forçar que seu filho incrimine alguém pelos fatos registrados e que seu filho lhe tem alegado que não sabe de nada a respeito. De acordo com o homem os policiais querem que o menino fale que ateou fogo nos carros. Ele diz que o menino nem estava na cidade no dia dos fatos.

Dedo quebrado

Há outra denúncia de agressão durante as averiguações, desta feita formulada por Ana Lúcia dos Santos Souza, rua 30 de dezembro, 560 B, centro, responsável por outro dos menores apontados como responsáveis.

"Estava na minha casa, o meu cunhadinho está sob minha guarda. Está dando problema. Ele não é santo. Inclusive ele está aguardando vaga. Agora o Dr. Florêncio me falou lá no pronto socorro que ele vai ser internado. Piorou depois da agressão de ontem (4.ª feira)", comentou.

De acordo com ela o menino, que afirmou ser viciado em drogas, tem crise de abstinência.

Ela afirma que os policiais chegaram a sua casa e sem explicar nada foram entrando para pegar o menor, sendo que um que ela identifica por Wellington teria lhe dado um murro no dedo quando tentava segurar o portão.

Wellington já tinha, segundo a mulher, entrado na casa e pegado o menino pela garganta cruzando o braço (chave de braço), quando tentou segurar o portão.

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