13 de junho | 2011

Paciente tem de levantar às 4 horas para consultar na UBS Dr. Paiva Luz

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Nem todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) demoram para colocar o paciente frente a frente com o médico escolhido. E nem em todas, também, faltam todos os medicamentos. Mas para garantir uma consulta na UBS Dr. Waldomiro Paiva Luz, localizada na confluência dos Jardins Antônio José Trindade e Luiz Zucca, zona sudeste de Olímpia, a pessoa se vê obrigada a levantar às quatro horas da madrugada.

Claro que nem todo mundo reclama. Muitos têm receio de passar a ser mal atendidos. Mas sem ter que se identificar a dona de casa I. confirma o que todo mundo sabe, mas acaba deixando quase que às escondidas. Ou seja, é difícil marcar uma consulta para ser atendido por um médico da rede municipal de saúde.


“Para mim tá bom, mas a única coisa que é meio complicada é que para marcar médico você tem que vir no meio da madrugada, dependendo do médico, se não, não pega vaga”, diz.


Segundo ela, dependendo de qual profissional que se quer a consulta, a pessoa tem que chegar entre quatro e 4h30. Mas mesmo assim ainda se vê obrigada a pegar uma fila. “E tem dia que você chega e nem consegue”, acrescenta. Mas quando consegue marca em um dia para ser atendida no outro.


Já ela reclama da falta de medicamento: “A maioria não tem, principalmente os remédios que eu e meu marido tomamos que são de alto custo e estou comprando, tanto o dele quanto o meu”.


“Em média de R$ 250 a R$ 300 e acho que o governo tinha que ver o lado das pessoas carentes e mandar o remédio para a população carente, porque eu ainda tenho condição de comprar, mas tem muita gente que não tem condições”, acrescentou.


Já a aposentada I. que tem de passar pelo médico a cada seis meses, não teve reclamação a respeito do atendimento. “É porque é de rotina. Tenho que pegar a cada seis meses um monte de exames. Eu não tenho reclamação porque para mim está tudo bem”, disse. Ela conta que sempre marca consulta no final de semana para ser atendida na segunda-feira seguinte.


No entanto, ela reclama de dificuldades em relação aos medicamentos que toma: “Foram dados três medicamentos e só encontrei um. Eles mandaram ir ao “Postão”, mas às vezes chega lá e também não tem, ai tem que comprar”.


A dona de casa A. relata que sempre busca medicamentos “porque tem gente mais rica” do que ela que vai. “Na maioria das vezes, nunca tem”. Segundo ela, medicamentos como omeprazol, deusepan e desetralina, quase sempre faltam. “O desetralina já faz não sei quanto tempo que não tem”, reclama.


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