11 de fevereiro | 2025

Paciente com cirrose hepática recebe fígado para transplante em menos de 24 horas na Santa Casa

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TEMPO MÉDIO DE ESPERA
É DE DEZ MESES

Uma paciente de 56 anos, internada na Santa Casa de Olímpia com um quadro avançado de cirrose hepática, recebeu um fígado compatível para transplante em menos de 24 horas após ser incluída na fila do Sistema Único de Saúde (SUS). O tempo de espera para esse tipo de procedimento costuma ser de, em média, dez meses.

PACIENTE TEVE QUADRO AGRAVADO

A paciente já havia sido internada outras duas vezes devido à doença, mas na última hospitalização apresentou uma piora significativa, conhecida como agudização do quadro. A cirrose hepática é uma condição crônica que compromete progressivamente as funções do fígado. Em alguns casos, pode evoluir rapidamente, tornando o transplante a única opção viável.

COMPATIBILIDADE E GRAVIDADE FORAM DECISIVAS

A médica Renata Okabe (foto), integrante da equipe que acompanhou a paciente, destacou que a inclusão na lista de transplantes não garante um tempo específico de espera. “Não temos como prever quanto tempo um paciente permanecerá na fila. O critério de prioridade leva em conta a gravidade e a compatibilidade do órgão disponível”, explicou.

No caso da paciente de Olímpia, a compatibilidade e a urgência clínica possibilitaram que o transplante fosse viabilizado em menos de um dia. Assim que o órgão foi disponibilizado, a paciente foi transferida para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde passou por exames preparatórios para o procedimento.

IMPORTÂNCIA DA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

Segundo o Sistema Nacional de Transplantes (SNT), o fígado é o segundo órgão mais transplantado no Brasil, com 2.416 procedimentos realizados em 2023. Apesar disso, a lista de espera segue alta, tornando essencial a conscientização sobre a doação de órgãos.

A médica reforçou a importância de manifestar, ainda em vida, o desejo de ser doador. “A doação de órgãos salva vidas. É essencial que as pessoas expressem essa vontade aos seus familiares para que, quando necessário, a decisão seja respeitada”, concluiu.

 

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