O desempenho regional representa 0,19% das ocorrências do Estado de São Paulo, também de acordo com o sindicato. No Estado, foram 6.958 roubos no ano passado, que representaram R$ 295,8 milhões em prejuízos. Não há dados locais sobre o montante perdido. Na comparação com 2010, também houve queda, de 4,6%, já que naquele ano foram 7.294 casos.

Segundo o presidente do Setcarp, Kagio Miura, o peso dos roubos de carga no frete cobrado pelas empresas de transporte varia, de empresa para empresa e de tipo de carga, mas fica entre 2% e 4,5%. Atualmente, o valor está estável, em função da queda do movimento no início do ano.

Mas o presidente do sindicato atribui a redução de ocorrências à migração das quadrilhas especializadas nesse tipo de roubo. “Quando a polícia começa a atuar e reprimir os crimes, ocorre a mudança”, explicou.

A fuga do trabalho policial foi confirmada ao jornal Diário da Região, de Rio Preto, pelo delegado Rubens Cardoso Machado Júnior, diretor da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) daquela cidade, que e Rio Preto.

Embora não considere que a região tenha alto potencial para esta espécie de crime, Machado Junior confirma que a prisão e a solução de casos força essa migração. “A região não tem um alto índice de roubos de carga porque não tem muitas indústrias”, disse.

Os dados do levantamento do Setcarp revelam que houve duas ocorrências na rodovia Washington Luís, a SP-310, um na SP-425 e um na BR-153. Analistas entendem que a Rodovia Washington Luís, SP-310, é mais visada porque passa por todas as cidades da região e tem muitas saídas para os criminosos.

Na área urbana, foram nove ocorrências no ano passado. Três delas em Rio Preto, duas em Uchoa e uma nos municípios de Mirassol, Olímpia, Santa Fé do Sul e Votuporanga. As cargas mais procuradas são aquelas de maior valor agregado, como medicamentos, confecção, pneus, autopeças e alguns produtos alimentícios. Entre as menos procuradas estão materiais de construção e produtos agropecuários como milho e soja.

Também de acordo com o levantamento, na região, desde 2008, foram 59 ocorrências. O maior número foi registrado em 2010, quando foram 20. No ano anterior foram 17 e, em 2008, apenas nove.