14 de setembro | 2014

Olímpia pode ter mais de 230 casos positivos de AIDS

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Embora divulgando um número oficial bem menor, o funcionário responsável pelo Centro de Testagem e Aconselhamento (TCA), órgão vinculado à Secretaria Municipal da Saúde, José Augusto Depieri Branco, deu indicações de que Olímpia pode ter mais de 230 casos positivos de AIDS, cuja sigla brasileira é SIDA (Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida)

De acordo com ele, embora uma pequena parcela ainda não tenha entrado em fase de tratamento com os medicamentos retrovirais, o CTA registra 130 pessoas portadoras do vírus HIV Imunodeficiência Humana (VIH ou HIV, do inglês Human Immu­nodeficiency Virus).

Porém, ao mesmo tempo aponta que a situação pode ser ainda pior. “A gente estima que pelo menos mais 100 pessoas que às vezes tem poder aquisitivo melhor, tratam em outras cidades por uma questão de sigilo e preconceito”, comentou.

As informações e comentários foram feitos durante uma entrevista que José Augusto Depieri Branco concedeu a uma emissora de rádio local na quinta-feira, dia 11.

De acordo com ele, das 130 pessoas portadoras do vírus, 105 já fazem tratamento com medicamentos retrovirais. O restante, 25 delas, estão apenas fazendo o acompanhamento, mas ainda sem medicamentos.

Porém, mesmo sem considerar os mais de 100 que estariam buscando tratamentos em outras localidades, Depieri Branco considera um número expressivo para o tamanho da população de Olímpia. “É um número alto. De dois anos para cá foram feitos muitos diagnósticos para HIV”, enfatizou.

Entretanto, embora tenha afirmado em mais de 100 portadores do vírus que se tratariam fora de Olímpia, numa estimativa que pode ser considerada mais positiva, acredita que a doença tenha atingido cerca de 200 pessoas de Olímpia.

Também de acordo com Depi­eri Branco, essas 100 pessoas estariam buscando tratamento em Barretos, Catanduva, Rio Preto e São Paulo, principalmente.

Depieri Branco conta que o contágio mais comum é através de contatos sexuais. Mas tem caso de contágio vertical que é aquele em que a mãe passa o vírus para o filho, seja ainda em gestação ou mesmo durante a amamentação. Embora poucos, haveria também alguns casos de transmissão por contato com o sangue.

Última morte por AIDS foi registrada em junho de 2011

Após o surgimento dos medicamentos retrovirais pouco se tem escutado a respeito de mortes provocada por AIDS, cuja sigla brasileira é SIDA (Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida), doença pro­vo­cada vírus HIV Imuno­de­ficiência Humana (VIH ou HIV, do inglês Human Immu­no­deficiency Virus), em Olímpia o último registro que se tem conhecido foi no dia 7 de Junho de 2011.

Na ocasião, familiares que tinham parentes encarcerados na Cadeia Pública de Barretos estavam protestando contra possíveis maus tratos, que estariam sendo praticados contra os detentos pela direção do instituto de reclusão. As reclamações se intensificaram após o falecimento de um dos detentos que, segundo consta, era portador de AIDS.

Na ocasião, comentava-se que em razão da provável situação ruim, um detento, então com 54 anos de idade, teve suas condições de saúde pioradas e teve que ser internado na Santa Casa de Barretos, mas não resistiu, falecendo no dia 4 de junho daquele ano, um sábado.

De acordo com a informação de familiares, a causa da morte seria o fato dele não ter resistido ao peso químico dos medicamentos controladores da doença, em razão da fraqueza de seu organismo.

Segundo as mulheres e mães de presos de Olímpia disseram na ocasião, por determinação da Delegacia Seccional de Barretos, através do então delegado seccional João Ozinsk Júnior, eles estavam proibidos de levar alimentos para os detentos, principalmente em razão da grande fuga registrada recentemente naquela cadeia.

Além de gêneros alimentícios e roupas de frio, como cobertores, elas reclamavam que não podiam entrar nem mesmo leite para os detentos. Até mesmo medicamentos estariam sendo proibidos de entrar na cadeia.

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