20 de abril | 2021

Olímpia é a primeira cidade coirmã da Grécia a edificar monumento em homenagem aos Jogos Olímpicos

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Monumento deve ser inaugurado na abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, marcada para 23 de julho deste ano. A obra contempla uma escultura da deusa Nikki (Nike), conhecida como a deusa da Vitória, cuja imagem inclusive foi cunhada nas medalhas de ouro, prata e bronze dos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004.


 


DA REDAÇÃO
COM ASSESSORIA

Consolidando os laços culturais e fraternos entre os povos e fortalecendo os termos da irmanação, a Estância Turística de Olímpia, no noroeste paulista, é a primeira cidade coirmã da Antiga Olympia, na Grécia, a contar com um monumento em homenagem ao feito.

A obra contempla uma escultura da deusa Nikki (Nike), conhecida como a deusa da Vitória, cuja imagem inclusive foi cunhada nas medalhas de ouro, prata e bronze dos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004. O projeto será uma réplica da imagem original, datada do ano 420 A.C., que se encontra no Museu Arqueológico da Antiga Olympia. A simbologia diz que a deusa toca com a ponta de seu pé a cabeça dos atletas vitoriosos, descendo dos céus com suas asas abertas.

O monumento será construído no chamado “Vale do Turismo”, região do município que se encontra em plena expansão e onde se concentram os grandes empreendimentos turísticos locais. De acordo com o projeto, uma das rotatórias da avenida principal da região será transformada em uma praça, com gramados e oliveiras ao redor, transformando-se em um espaço para contemplação e descanso.

No centro da praça, será edificada uma pedra fundamental, onde será colocada a escultura da deusa Nikki, totalizando cerca de oito metros de altura. No entorno da deusa, também serão esculpidos os símbolos dos doze deuses olímpicos, além de ser construído um espaço em referência às Olimpíadas, tendo em vista que a cidade coirmã é o berço dos Jogos Olímpicos. Dessa forma, o local terá ainda uma cópia dos símbolos dos Anéis Olímpicos e serão colocadas uma Tocha e a Bandeira Olímpica em exposição durante o período de realização dos jogos de 2021.

A intenção do projeto é valorizar a importância dos laços construídos pela irmanação, marcando de forma permanente o ato na história da Olímpia brasileira e levando esse conhecimento aos moradores e também aos cerca de 3 milhões de turistas que, em tempos normais, visitam a cidade todos os anos. A iniciativa também atende à Declaração da Irmanação, assinada em 10 de junho de 2019, na qual Olímpia se compromete a difundir e promover os ideais olímpicos de amizade, paz e fraternidade entre as nações. Todas as informações sobre o monumento serão acessadas pelos visitantes via QR Code, disponível em totens colocados ao redor da praça.

O projeto é responsabilidade da Prefeitura de Olímpia, a pedido do prefeito Fernando Cunha, e assinado pelo arquiteto olimpiense, Sérgio Carvalho, com supervisão da turismologa Cristina Prado. Todos os componentes idealizados fazem referência a símbolos de propriedade do COI – Comitê Olímpico Internacional e seu uso precisa ser autorizado. Desta forma, o município já enviou o projeto e tem feito gestão para a análise da solicitação, com expectativa de que seja autorizada a edificação. Caso os trâmites ocorram conforme a previsão, a intenção é de que o monumento seja inaugurado na abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, marcada para o dia 23 de julho deste ano.

A IRMANAÇÃO
A Cerimônia de Irmanação, que oficializou a geminação das cidades, ocorreu no dia 10 de junho de 2019, após diversas tratativas e decisões aprovadas pelos Conselhos Municipais, com proposta oficial apresentada pelo prefeito Fernando Cunha e intermediada pelo embaixador do Brasil na Grécia, Cesario Melantonio Neto, com apoio do então ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes.

O palco da cerimônia foi Templo de Hera, local sagrado no sítio arqueológico de Olympia, berço dos Jogos Olímpicos, que tiveram início em 776 A.C. É deste templo que a cada quatro anos é acesa a pira dos Jogos Olímpicos e de onde a tocha é levada por atletas até a cidade sede do evento.

A geminação também contou com apoio fundamental do neurologista e professor da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), Prof. Dr. Acary Bulle Oliveira, que coordenou um simpósio de saúde na Estância Turística de Olímpia, em 2018, buscando trabalhar o resgate das histórias gregas quanto aos ensinamentos em Saúde, relacionando-os à natureza hidrotermal de Olímpia com o objetivo de transformar a cidade em um território para promoção da saúde integrada, unindo corpo, mente, arte, cultura e espiritualidade.

A geminação de cidades é um conceito que tem como objetivo criar relações e mecanismos protocolares, essencialmente em nível espacial, econômico e cultural, através dos quais cidades de áreas geográficas ou políticas distintas estabelecem laços de cooperação. Estes acordos levam ao estabelecimento e intercâmbio cultural, partilha de conhecimento, ensino (estudantes) e políticas empresariais entre outras atividades.

A proposta do monumento foi sugerida pessoalmente pelo prefeito Fernando Cunha durante o Fórum das Cidades Irmãs da Antiga Olympia, realizado no dia 11 de março de 2020, na Grécia, ocasião em que também foi realizada a Cerimônia de Revezamento da Tocha Olímpica para a edição que aconteceria em 2020 e precisou ser adiada para este ano, devido à pandemia da Covid-19. Com isso, a Estância Turística de Olímpia é a autora da proposta e a cidade pioneira a torná-la realidade.

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