06 de abril | 2014

Olímpia completa 96 anos de emancipação política na 2.ª feira

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O município de Olímpia completa 96 anos de emancipação política na próxima segunda-feira, dia 7 de abril. A data é o motivo da denominação do trecho de uma rua que liga a Avenida Wal­demar Lopes Ferraz com a Praça São Benedito, local conhecido popularmente por “Pito Aceso”. Porém, a data não é lem­brada nem por prefeitos que existem somente por causa dessa independência política.

O logradouro homenageia a data que, neste ano, marca 96 anos da vida política independente do município, criado quatro meses antes por lei estadual editada pelo governo de Altino Arantes, nome da praça conhecida por “Fonte Luminosa”. A lei é a mesma que concedeu o status de cidade à sede do município.

Com terras desmembradas de Barretos, o município de Olímpia foi criado pela Lei Estadual número 1.917, do dia 7 de dezembro de 1917. Porém, a instalação oficial aconteceu apenas quatro meses depois, no dia 7 de abril de 1918.
Situado na mesorregião da Alta e Média Araraquarense e na micror­região do divisor Turvo-Grande, o município conta com 784 quilômetros de área, é limitado ao norte, pelos municípios de Altair e Gua­raci; ao sul, pelos de Tabapuã e Cajobi; a leste, pelos de Barretos e Severínia; a oeste, pelos de Guapiaçu e Uchoa.

Em rela­ção ao nível do mar, a sede do município tem 506 metros de altitude. Sua posição geográfica oficial determinada pelo paralelo é de 20º45’15” de latitude sul.
Já em sua interseção com o me­ridiano de 48º54’38” de longitude oeste. O município se dispõe dos distritos de Olímpia (sede), Ba­gua­çú e Ribeiro dos Santos.

ANIVERSÁRIO DA CIDADE

A cidade, no entanto, foi fundada em 2 de março de 1903, quando aconteceu a doação de 100 alqueires de terras para a constituição do Patrimônio de São João Batista dos Olhos D’Água.

A es­cri­tura foi lavrada, no mesmo dia, no Cartório do 1º Tabelião Francisco de Almeida Silvares, em Barretos, e registrada em 9 de julho de 1903, às folhas 53, do livro 3-I de transcrição de Imóveis.

Moradores desconhecem o significado do nome da rua

Embora tenha que ser ressaltado que não há culpados – as placas indicadoras de logra­do­uros da cidade não informam as razões das escolhas – os moradores da Rua 7 de Abril consultados nesta sexta-feira, dia 4, afirmam desconhecer o significado e o motivo do nome.

Há até quem já foi informado a respeito, mas que não se recordava da razão. É o caso do advogado Waldir Chatagnier: “Sei que é u­ma data comemorativa da cidade, mas que esqueci”.

O advogado conta que ouviu a respeito da data durante uma conversa com um colega, o professor Paulo Martins, que também era historiador: “Sinceramente fugiu da minha mente”.

Mas ele não gostaria que trocassem o nome da rua onde a família reside há mais de 30 anos: “Mudar (o nome) é como tirar o andar da pessoa. Ela vai se perder. Vai tirar a identidade da rua”.

A dona de casa Sandra Regina Bizelli, que mora há 10 anos não sabe por que a rua tem esse nome: “Quando mudei já era esse nome”. Não gostaria que trocasse: “Acho que 7 de Abril está bonito”.

Proprietária de uma pequena indústria de móveis, Luzia Fo­ga­­nholi Giacomazi também não sabe a motivação do nome e também não gostaria que o no­me fosse alterado: “Não tem necessidade de mudar”.

O aposentado Luiz Carlos Ram­passo diz que também não sabe: “Moro aqui há 22 anos, mas não sei por que o nome é esse”. Mas ele prefere que não mude: “Porque eu gosto desse nome. É bonito”.

O comerciante Jacques Des­mon­ts da Silva não sabe o motivo do nome: “O motivo mesmo eu não sei”. Já sobre mudar o nome ele diz: “é indiferente”.

Quem também desconhecia a razão do nome é a dona de casa Divanei Barbosa Ferreira, que pensa em troca de nome: “Há tantos anos tem esse nome para que vai mudar? Eu acho que não (deve). Para mim está bom”.

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