07 de junho | 2009

Olímpia ainda tem 11% de Mata Atlântica

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De acordo com um estudo da Fundação SOS Mata Atlântica, realizado em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, ainda restam 11% de Mata Atlântica no município de Olímpia, o equivalente a 5.833 hectares. Esse resultado mostra o extermínio praticado contra a natureza nos poucos mais de 100 anos da cidade de Olímpia. Inicialmente, a área, segundo dados do levantamento, era de 55.036 hectares.

Olímpia está entre as 24 cidades da macrorregião de Ribeirão Preto, consideradas originalmente de Mata Atlântica e, segundo o mapa elaborado pela Fundação, consultado nesta semana pela reportagem desta Folha da Região, no início de sua história o município tinha 68%, ou seja, 55.036 hectares do total de 80.515, cobertos pela vegetação nativa.

Porém, na microrregião de Olímpia, há outros municípios que também ainda tem vestígios da vegetação, considerada do tipo bioma cerrado. Altair é um deles e, de acordo com os dados, o que mais preservou suas matas. Lá, segundo o estudo, são 28% preservados, ou seja, 700 hectares.

Depois, em números percentuais, a terceira maior área foi preservada no município de Guaraci. Segundo o levantamento, lá há 3.458 hectares, ou 8% da vegetação nativa. Já Embauba, o município mais novo da comarca, tem 5% de sua vegetação nativa preservada, o equivalente a 421 hectares.

Ainda de acordo com o estudo, Cajobi apare em penúltimo lugar em termos de preservação da vegetação nativa. Lá restam 4% de Mata Atlântica, o equivalente a 700 hectares. Mas a maior devastação aconteceu em Severínia, onde, segundo a Fundação, restam apenas 2%, ou 298 hectares de mata nativa.

Tradicionais áreas de expansão agrícola, essas cidades registram hoje o avanço da cana-de-açúcar, após terem passado pelos ciclos do café e da laranja. No caso de Severínia, por exemplo, segundo especialistas, o pouco que sobrou da mata original faz parte da mata ciliar, na beira dos rios.

O estudo vem sendo realizado desde o ano de 1989, quando a Fundação SOS Mata Atlântica fechou acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Características
As características da Mata Atlântica são: presença de árvores de médio e grande porte, formando uma floresta fechada e densa; rica biodiversidade, com presença de diversas espécies animais e vegetais as árvores de grande porte formam um microclima na mata, gerando sombra e umidade fauna rica com presença de diversas espécies de mamíferos, anfíbios, aves, insetos, peixes e répteis.

A Mata Atlântica tem vegetação formada principalmente por palmeiras, bromélias, begônias, orquídeas, cipós e briófitas; pau-brasil, jacarandá, peroba, jequitibá-rosa e cedro; tapiriria; Andira; Ananás; e Figueiras.

Fauna
Há também exemplos de espécies animais, como mico-leão dourado, bugio, tamanduá bandeira, tatu-canastra, arara-azul-pequena, onça pintada, todos com risco de extinção; muriqui, anta, jaguatirica e capivara.

Alguns povos indígenas ainda habitam a região da Mata Atlântica. Entre eles, se destacam: Kaiagang, Terena, Potiguara, Kadiweu, Pataxó, Wassu, Krenak, Guarani, Kaiowa e Tupiniquim.

 

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