31 de agosto | 2014

Olímpia ainda não tem política pública de combate às drogas

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Embora já enfrentando uma situação de calamidade pública, principalmente em relação ao tráfico de entorpecentes, com dezenas de menores sendo apreendidos pela Polícia Militar ou por tráfico ou por porte de drogas em todas as semanas, o município de Olím­pia ainda não tem uma política pública no sentido de combater esse problema.

Quer dizer, embora já criado pelo prefeito Eugênio José Zuliani, o Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Álcool e Outras Dro­gas (COMAD), ainda não está funcionando dentro do contexto para o qual existe.

A essa conclusão se pode chegar considerando as explicações do presidente da Sala dos Conselhos Municipais, Sandro Luiz Ba­raldi, a respeito de um manifesto publicado na Imprensa Oficial (IOM), na edição do sábado, dia 23, página 7.

Considerado um problema estritamente técnico, Baraldi afirmou: “O Comad que é o fundo da política do combate às drogas, o fundo dos portadores de deficiência, o fundo do idoso a­inda não estão ativos devido ao fundo (falta do)”.

De acordo com ele há problemas internos na Prefeitura Municipal que estão barrando a criação desses fundos. “A gente está pedindo uma real ação efetiva do executivo para que essa ação burocrática vá por terra e efetive esses fundos para que a gente consiga financiar algumas ações que hoje estão paradas no município”, contou.

Na prática, segundo a explicação de Baraldio, os conselhos já existem, mas sem dotações orçamentárias: “para virar um fundo é preciso ter uma dotação orçamentária”.

PARADOS E INERTES

Durante uma entrevista que con­cedeu a uma emissora de rádio, Baraldi contou que eles estão tentando desde o início deste ano, mas não estão conseguindo concretizar os três fundos já constituídos, mas o problema envolve os setores jurídico e financeiro da Pre­feitura. “A gen­te espera que com esse manifesto saia desse jogo de empurra-empurra e realmente cheguemos a uma solução”.

O manifesto foi assinado pelo presidente do Conselho Municipal de Assistência Social (C­MA­S), Genival Ferreira de Miranda; presidente do Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Álcool e Outras Drogas (CO­MA­D), Marco Antônio dos Santos; presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (C­MDCA), Marcelo Martins Re­be­latto; e presidente do Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Deficiência (C­MPPD), Edson Lo­pes da Silva.

Os quatro afirmam que a culpa pelo entrave é da Secretaria de Finanças (Cleber José Ci­zo­to) e do Jurídico (Edilson Cé­sar De Nadai).

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