19 de janeiro | 2025

Nomeação de sgt. Tarcísio no CODEVAR gera críticas e suspeitas de politicagem barata

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NOMEAÇÕES POLÊMICAS NO CODEVAR!
Nomeação de ex-vereador de Olímpia e criação de cargos geram controvérsia entre municípios do consórcio. O candidato a prefeito derrotado assume cargo de R$ 10 mil no consórcio regional. Decisões administrativas sem consulta aos municípios causam descontentamento e levantam debate sobre gestão e governança.

Candidato derrotado na última eleição para prefeito de Olímpia, ficando em terceiro lugar, o ex-vereador Sargento Tarcísio Aguiar foi nomeado Secretário Executivo do Consórcio de Desenvolvimento do Vale do Rio Grande (CODEVAR), cargo que oferece remuneração de R$ 10.000,00 mensais.

A decisão, oficializada em 2 de janeiro de 2025, pela Portaria nº 003 assinada pelo presidente interino do consórcio, Mardqueu Silvio França, gerou críticas e levantou questionamentos sobre o uso de recursos públicos e as intenções políticas por trás da nomeação.

A polêmica aumentou com a criação de outros cargos e ajustes salariais. A Portaria nº 002, emitida no mesmo período, fixou o salário de um Assessor Executivo Institucional em R$ 7.000,00, enquanto a Resolução nº 001 instituiu o cargo de Gerente de Programas, com vencimentos de R$ 6.000,00.

DECISÕES RÁPIDAS
SEM CONSULTA AOS MUNICÍPIOS

As medidas foram tomadas sem consulta prévia aos municípios que compõem o consórcio, provocando descontentamento entre prefeitos, especialmente de cidades menores que enfrentam dificuldades financeiras. “Essas decisões passam a impressão de que o CODEVAR está se afastando de sua função original de fomentar o desenvolvimento regional e se tornando uma ferramenta de politicagem barata para bancar políticos derrotados”, afirmou um gestor que pediu anonimato.

Além do impacto político, as mudanças levantam dúvidas sobre a prioridade dada à gestão administrativa em detrimento de projetos efetivos para as cidades consorciadas. Prefeitos e vereadores têm solicitado maior transparência e explicações detalhadas sobre os critérios de nomeação e os planos de ação do consórcio.

POLÊMICA SOBRE O SALÁRIO
E O PAPEL DO CONSÓRCIO

Para críticos, o salário de R$ 10.000,00 para Tarcísio Aguiar é desproporcional, considerando que o CODEVAR depende diretamente das contribuições dos municípios associados. A falta de clareza no processo de escolha dos ocupantes dos novos cargos também gerou desconfiança. Representantes das cidades integrantes questionam a ausência de critérios técnicos e planejamento financeiro que sustentem as decisões.

Especialistas apontam que as controvérsias destacam a necessidade de reformular a governança dos consórcios intermunicipais no Brasil. Regras mais claras para nomeações e um controle financeiro rigoroso são vistos como essenciais para evitar o desvio de recursos e manter o foco no desenvolvimento regional.

COBRANÇAS
POR TRANSPARÊNCIA

Até o momento, nem o presidente interino do CODEVAR, Mardqueu Silvio França, nem Tarcísio Aguiar emitiram declarações sobre as críticas. Contudo, a pressão por esclarecimentos continua, com prefeitos e líderes regionais exigindo maior transparência e prestação de contas.

A controvérsia reacendeu o debate sobre o papel do CODEVAR e outras entidades similares, destacando a importância de decisões administrativas que priorizem os interesses coletivos, e não apenas os de poucos privilegiados.

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