14 de maio | 2017
Niquinha deu carteirada na UPA e conseguiu tirar vigia
Depois de dar uma carteirada, inclusive desrespeitando as normas estabelecidas para o local, o vereador Antônio Delomodarme, Niquinha (foto), conseguiu que um vigia da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), fosse transferido de seu local de trabalho. Embora extraoficialmente, essa situação foi confirmada por pessoas ligadas ao gabinete do prefeito Fernando Cunha.
Inclusive, segundo consta, mesmo diante de um incidente aparentemente sem importância ocorrido na semana passada, teria colocado em situação de colisão o presidente da Câmara Municipal, Luiz Gustavo Pimenta e o diretor da UPA, médico Lúcio Flávio Barbour Fernandes, que teria também envolvido o prefeito Fernando Cunha.
Na avaliação de Niquinha, também segundo consta, alguém da família dele internada na UPA, mas acompanhada de uma filha, mas o vereador queria também ter acesso ao local e teria sido barrado pelo vigia.
Nos bastidores da Câmara Municipal, inclusive envolvendo assessores, o comentário é que Barbour Fernandes, que consta ter vindo para Olímpia a convite do vice-prefeito, Fábio Martinez, teria sido o responsável pelo acirramento dos ânimos da Câmara Municipal contra ele. Segundo a assessoria da presidência, houve um contato preliminar com o médico no dia seguinte ao episódio do vereador com o vigia, mas dissociado do fato.
O assessor de Cerimonial, Márcio Matheus Gonçales, junto com o chefe de Gabinete da presidência, Rui Rodrigues de Castro Filho, foram à UPA em visita de cortesia, onde foram recebidos pelo médico.
Consta que os dois conversaram, com a anuência do presidente, colocando a Câmara e as bancadas de vereadores à disposição dos interesses da direção da UPA, mas houve divergência quando o assunto chegou à vereança.
Gonçales propunha tratamento diferenciado a vereadores, quando não em visita formal, mas o médico não concordou, dizendo, segundo ele, que vereador tinha que ter o mesmo tratamento de cidadãos comuns. E quando tocou no assunto do vigia, Barbour Fernandes teria se negado a admitir qualquer possibilidade de transferência.
“Foi um fato lamentável”, disse Niquinha da Tribuna na segunda-feira desta semana, dia 8. Sua sogra estava internada na UPA com problemas de pressão alta desde a noite anterior, contou, e de manhã foi visita-la.
Como a esposa entrava e saía a cada 20 minutos somente, ele teria ido até o vigia da portaria e solicitado permissão para entrar “rapidinho”, o que foi negado. O vigia o teria mandado “aguardar lá fora”, nas duas vezes em que pediu a permissão, segundo ele, de “forma imponente”, ao que ele teria obedecido.
Ainda consta que, depois, Niquinha decidiu se identificar como vereador. “Ele disse que sabia que eu era vereador e que, por isso mesmo, aguardasse lá fora”.
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