Consta que ela teria sacado os recursos de sete beneficiários do programa cadastrados
pela prefeitura local. A pena de prisão foi substituída por prestação de
serviços à comunidade pelo mesmo período, mas por se tratar de uma condenação, cabe
recurso contra a decisão.

Segundo o Ministério Público Federal, Regina, enquanto lotada na Secretaria
Municipal de Educação e uma das responsáveis pela fiscalização do programa,
declarou ter renda mensal de R$ 180 para sacar o benefício entre 2002 e 2006.

Sua renda, no entanto, chegava a R$ 588 no período, conforme a Justiça. Além
disso, ela reteve o cartão de sete famílias inclusas no programa em Cajobi,
inclusive de uma mulher que havia falecido.

“Não tenho dúvida sobre o dolo na conduta da acusada”, escreve o juiz na
sentença. “Embora não se sabe se Regina estava a serviço de outrem na
Prefeitura, certo é que as reclamações dos beneficiários recaíram unicamente
sobre ela”, acrescentou.

SINDICÂNCIA

Quando suspeitou da fraude, em 2006, a prefeitura instaurou uma sindicância que
resultou na demissão de Regina. Em depoimento à Justiça, ela acusa a
administração de perseguição política. De acordo com o jornal Diário da Região,
de Rio Preto, Regina não foi localizada ontem para comentar o caso.