DA REDAÇÃO C/ JULIÃO PITBULL/OLIMPIA 24 HORAS
Depois do segundo dia de investigação, somente no final da tarde de sexta-feira, 30, começaram a surgir as primeiras informações. Primeiro encontraram o seu celular, depois o corpo na estrada da prainha a um quilômetro do distrito industrial, próximo ao fatídico local para onde pode ter realizado sua última corrida.

O cadáver já em estado de decomposição, mas apresentando um corte profundo na garganta, foi identificado no local, pelas roupas e por familiares, como sendo do mototaxista Miguel Rocha dos Santos, de 40 anos, morador na rua Padre Luci­ano, no residencial Morada Verde que desapareceu na noite de quarta-feira, dia 28, depois que saiu da agência para fazer uma corrida até a “Prainha”, para levar um homem que se identificou como “Edvânio”, foi encontrado morto no final da noite de ontem. A polícia não tem pistas do assassino ou assassinos.

Segundo o jornalista Julião Pitbull, do blog Olímpia 24 horas, ele recebeu um telefonema de uma mulher que suspeitava ter visto um corpo na estrada da "prainha". O jornalista teria, então solicitado que esta ligasse para a polícia militar. O que foi feito.

Quando chegou na 2.ª Cia da PM, Pitbull ficou sabendo que a mulher já tinha ligado para a polícia e uma viatura, com o tenente Marlon e o soldado Henrique, estava indo para o local indicado.

O corpo de Miguel estava numa vala e ele ainda de capacete e já em adiantado estado de putrefação. Segundo a perícia, o mototaxista apresentava um corte profundo na garganta.

O tenente Marlon, então, segundo Julião, entrou em contato com a família e a partir daí muitas pessoas começaram a chegar no local, inclusive familiares e muitos mototaxistas.

Durante a sexta-feira, 30, familiares ainda procuravam por ele na BR-153 já que o celular do mototaxista foi encontrado caído na pista. Diante deste fato, a dedução é a de que o autor ou autores do latrocínio tenha levado a moto em direção a São José do Rio Preto e tenha deixado o celular cair durante a viagem.

A ocorrência do desaparecimento foi registrado na delegacia de polícia de Olímpia, na quinta-feira, por volta das 11h30, pela irmã do moto­taxista, Marli Rocha Santos, de 27 anos, que informou que seu irmão trabalha, eventualmente, como mototaxista na agência Expressinho e recebeu um chamado para fazer uma corrida até a “Prainha”, levando um indivíduo chamado Edvânio.

Segundo a irmã contou na delegacia, depois que ele deixou a agência, não foi mais visto, não tendo retornado à agência e também não apareceu na sua residência. Também informou que foram feitas ligações para o seu celular e só cai na caixa postal. Contou que seu irmão não tem problemas psicológicos e nem ostenta vícios.

Na noite do desaparecimento ele trajava o uniforme do Expressinho e trabalhava com a moto de sua propriedade, uma Honda, CG 150, Fan, ano 2014, placa FTG 4842 de Olímpia. A motocicleta também ainda não foi localizada.

FAZIA “BICO” DE MOTOTAXISTA

Por sua vez, de acordo com que Rosemare Rocha dos Santos, outra irmã do mototaxista Miguel, contou ao repórter Valter Carucce, ele tem  trabalho fixo na Usina Guarani, onde atua como operador de máquinas durante o dia. Como mototaxista, ele fazia “bicos”, durante a noite, normalmente até a meia noite. Miguel é casado e pai de duas filhas, uma de onze e outra de sete anos.

De acordo com Rosemare, ela teve informações de que o chamado na agência para a corrida não foi especificamente para Miguel e sim, por acaso, era a vez dele de fazer a corrida. “Poderia ter sido qualquer outro mototaxista”, ressaltou a irmã.

Por outro lado, um ouvinte ligou para a emissora de rádio, se identificando como Wagner, afirmado que viu Miguel, na quarta-feira, por volta das 22h30, pegar um passageiro na avenida Cons­titucionalista, proximidade do CRAS e seguir até a rotatória da APAE e depois contornar em direção a rodovia de acesso Wilquem Manoel Neves.

Por sua vez, na tarde de sexta-feira os investigadores da delegacia de policia de Olímpia “checaram” a eventual tentativa de saque que teria sido feita na conta do mototaxista, na madrugada de quinta-feira. Esta informação não foi confirmada, pois na Caixa Econômica Federal, nenhuma tentativa ou saque foi feito desde o desaparecimento do mototaxista, informou a polícia.

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