Um morador da Avenida dos Constitucionalistas de 32, que pediu para não ter o nome divulgado, ficou com medo do fogo que foi colocado em um ônibus da Bom­tur na noite de quinta-feira, dia 14, por volta das 21 horas, passasse para sua casa. Ele mora na esquina onde o veículo foi incendiado depois que o carroceiro Mário foi morto pela Polícia Militar.

“A confusão começou lá embaixo e a gente não sabia o que estava acontecendo. Só sentiu arder o olho porque eles começaram a sol­tar as bombas de gás pa­ra conter. Aí desceu esse ônibus e o pessoal que estava subindo, na hora que o ônibus veio, eles começaram a tacar fogo no ônibus”, disse.

De acordo com ele, deixaram os passageiros e o motorista descerem e colocaram fogo no ônibus: “tinha bastante gente no ônibus na hora que atearam fogo. A gente estava aqui na frente para saber o que estava a­con­tecendo. Aí virou aquela confusão”.

Segundo ele, “todo aquele pessoal do ônibus saiu correndo. Aí nós fechamos aqui e fomos para o vizinho porque não sabíamos se ia pegar fogo na casa ou o que ia acontecer aqui próximo ao muro”.

Ele conta que “todo mundo ficou bem assustado. Meu filho de seis anos estava dormido acordou bem assustado depois não dormiu mais. Graças a Deus não atingiu nada em casa, foi só o transtorno mesmo, porque a rede elétrica pegou fogo e nós estamos sem energia desde ontem às 10 da noite e não tinha como o bombeiro descer pra apagar o fogo”.

O homem reclama que “o pior mesmo está sendo a e­nergia porque estraga as co­i­sas em casa. Foi um susto muito grande. Eu moro a­qui desde quando eu nasci e nunca tinha visto uma coisa dessas, nunca aconteceu nada disso aqui”.

Depois disso a movimentação de viatura foi bem grande, tinha bastante viatura parada aqui na frente em todas as esquinas eles iam descendo, a gente escutou bastante barulho de ti­ro, barulho daquelas bombas, ouvimos bastante. A­chei que isso nunca fosse a­contecer aqui, só via na televisão, foi um grande susto.