27 de junho | 2010

Morador de Olímpia internado em Rio Preto com hantavirose

Compartilhe:
7Um morador de Olímpia, cuja identificação está sendo preservada pelo setor da Saúde, está internado na Beneficência Portuguesa, de São José do Rio Preto, vítima de hantavirose, doença infecciosa grave e incomum na região, transmitida por roedores como os ratos, geralmente em ambientes rurais. A única informação pessoal divulgada é que ele tem 43 anos.

De acordo com o Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, os últimos casos registrados no Noroeste Paulista foram em 2008, nos municípios de Barretos e Estrela D’Oeste. O paciente está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e não corre risco de morte.

Consta que apesar de residir em Olímpia, a infecção ocorreu na fazenda do paciente, em Mirandópolis, na região de Araçatuba, cidade que já teve dois registros da doença, em 2007 e 2008.
O paciente deu entrada no hospital na manhã do dia 12 de junho, com insuficiência respiratória. No período da tarde, ele precisou ser entubado, pois já não conseguia respirar.

O médico infectologista Cláudio Campos desconfiou da doença e iniciou o tratamento. “Adequamos a ventilação mecânica e entramos com os antiinflamatórios necessários”, explica o especialista. Amostras de sangue foram coletadas e enviadas ao Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo. O resultado positivo chegou na tarde da terça-feira, dia 22.

O fazendeiro deve permanecer mais dois dias na UTI. “Depois ele deve continuar no hospital por um período, pois ainda vai precisar de cuidados médicos. A hantavirose não deixa sequelas, mas é muito grave.”

A DOENÇA
Desde 1993, ano em que o vírus foi identificado pela primeira vez nos Estados Unidos, o Estado de São Paulo já registrou 158 casos da doença, dos quais 84 evoluíram para óbito. A taxa de mortalidade foi de 53%.

Não há tratamento específico para a doença. “O diagnóstico precoce é essencial para a cura do paciente”, diz Campos.

No entanto, o diagnóstico é difícil, pois os sintomas da hantavirose são genéricos. “O paciente tem febre, tosse seca e falta de ar”, diz.

Podem ser confundidos com uma gripe e, até mesmo com dengue. A experiência pessoal do médico contribuiu para o palpite certeiro sobre o problema. “Estudei em Ribeirão Preto, onde os casos de hantavírus são mais comuns.”

NOTIFICAÇÃO
A confirmação do caso ainda não foi notificada à Secretaria de Saúde de Olímpia. “Estamos em contato com os familiares e com o hospital, mas oficialmente não recebemos o resultado”, disse a secretária Silvia Elisabeth Forti Storti, ao jornal Diário da Região, na quarta-feira, dia 23.

Já a reportagem desta Folha não conseguiu manter contato com Silvia Forti, em razão do feriado do Dia do Padroeiro, São João Batista, e do ponto facultativo desta sexta-feira, dia 25, decretado no município, pelo prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas