19 de março | 2023

Ministro manda soltar o morador de Olímpia que estava preso em Brasília

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TERRORISMO EM BRASILIA!
Morador de Olímpia é solto por Moraes pouco mais de dois meses após ser preso. Jonatas terá que se apresentar na justiça da comarca e deverá usar tornozeleira eletrônica.

O jovem ultradireitista de Olímpia, Jonatas Henrique Pimenta, que foi preso em flagrante participando dos atos terroristas que praticamente destruíram as sedes dos três poderes em Brasília, está entre os pedidos de liberdade provisória que foram concedidos pelo Ministro Alexandre de Moraes na quinta-feira, 16.

Neste dia, Moraes indeferiu mais do que concedeu pedidos de liberdade e o de Jonatas estava entre os que foram atendidos, mas só apareceu no site do STF – Supremo Tribunal Federal na tarde de sexta-feira, 17.

Ao que se informa, o ministro considerou que o morador de Olímpia embora tivesse participado diretamente da vandalização ocorrida nos prédios dos três poderes em Brasília, já teve o inquérito concluído e, por ser primário, não seria considerado um risco para a sociedade e nem teria possibilidade mais de atrapalhar as investigações.

VAI SE APRESENTAR
NA JUSTIÇA LOCAL
E USAR TORNOZELEIRA

O morador de Olímpia, no entanto, terá que se apresentar na justiça da Comarca de Olímpia e deverá usar a tornozeleira eletrônica.

Jonatas Henrique Pimenta, que é locutor de rodeios de Olímpia, ficou mais de dois meses detido na Papuda em Brasília em razão de ter participado diretamente do vandalismo aos prédios em Brasília.

A maioria dos que foram soltos antes dele é composta por pessoas que não tiveram provas de ter participado diretamente da destruição dos prédios públicos, mas apenas do movimento na frente do exército em Brasília.

JONATAS GRAVOU VIDEO ANUNCIANDO
QUE FOI COM GEROLIN PARA BRASÍLIA

O morador de Olímpia gravou dois vídeos e postou na internet. Um mostrando o momento que chegou em Brasília junto com o ex-vereador Primo Gerolim, direto do acampamento em frente o QG do Exército na capital federal.

Outro, já dentro de um dos edifícios invadidos no domingo, dia 08, em Brasília, no momento que estavam acontecendo os atos terroristas.

No primeiro vídeo, Jonatas, ao anunciar e ressaltar a sua viagem a Brasília, acaba envolvendo o nome do ex-vereador Primo Gerolim, com quem diz ter feito a viagem que ainda tinha uma outra pessoa que não sabia o nome, mas que naquele momento estava pegando comida na fila do acampamento em Brasília.

A PRISÃO PREVENTIVA

O nome de Jonatas foi confirmado como tendo convertida a sua prisão em flagrante em Preventiva em lista divulgada na quinta-feira (19/1) pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Com a preventiva, Jonatas permaneceu preso até esta quinta-feira, 16, quando obteve decisão favorável da justiça no sentido de que possa responder o processo em liberdade.

COMO É O DIA A DIA NA PAPUDA

Reportagem publicada em janeiro pelo Estadão revelou os detalhes da rotina dos golpistas desde que chegaram às dependências do Complexo Penitenciário da Papuda, no caso dos homens, e da Penitenciária Feminina do Distrito Federal, a “Colmeia”, destinada às mulheres.

As celas, que costumam ter, em média, oito camas, estão cheias e não há espaço para todos. No presídio feminino há celas com o dobro da capacidade: até 16 mulheres no mesmo espaço. No masculino, algumas têm 22 homens. O jeito é lançar o colchão fino no chão e procurar algum canto para se acomodar.

O dia a dia inclui banhos de chuveiro frio, noites sobre um colchão fino lançado no chão e o mau cheiro que escapa dos banheiros, com “vasos turcos” no chão, um buraco no solo que obriga o preso a ficar de cócoras para utilizá-lo.

JONATAS SOLTO
E EMPRESÁRIA DE RIO PRETO PRESA

Por outro lado, uma empresária de Rio Preto teve pedido de prisão cumprido pela Polícia Federal na manhã de sexta-feira, 17. A empresária e produtora cultural Kátia Graceli, é acusada de participar de atos golpistas em Brasília no dia 8 de janeiro. Ela foi encontrada em casa, no Jardim Maracanã, durante cumprimento de mandados da Operação Lesa Pátria.

A empresária publicou vídeos em redes sociais durante sua permanência no acampamento bolsonarista em Brasília. Ela ficou conhecida nacionalmente nas redes sociais por um vídeo em que agradece os “patrocinadores” que ajudaram em sua ida à Capital Federal.

OPERAÇÃO LESA PÁTRIA

Ela foi presa na oitava fase da Operação Lesa Pátria, que tem o objetivo de identificar pessoas que participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram os fatos ocorridos em 8 de janeiro, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas instituições.

Alvo de mandado de prisão preventiva, expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, a empresária prestou depoimento na PF de Rio Preto e passou por audiência de custódia on-line, da Justiça Federal de Brasília.

DEFESA ESPERA APRECIAÇÃO
DE PEDIDO DE LIBERDADE PROVISÓRIA

Em nota, a defesa da empresária afirmou que “irá atuar nos autos da Operação para a devida comprovação de que os crimes que lhe foram imputados não são devidos, conforme as declarações da acusada, de sua total inocência.”

Os advogados de Kátia afirmaram ainda que, na audiência de custódia, “verificou-se somente se seus direitos foram resguardados, sendo que os requerimentos da defesa pela liberdade provisória que serão apreciados posteriormente pelo ministro Alexandre de Moraes.”

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