14 de dezembro | 2014

Marco Coca dá a entender que perdeu eleição porque o prefeito ficou com medo de Salata ir para oposição

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Em uma afirmação que fez nesta semana, o vereador Marco Antônio Parolim de Carvalho, o Marco Coca (foto à esquerda), que foi derrotado na eleição para a composição da mesa diretora da Câmara Municipal de Olímpia, para o biênio 2015-2016, deu a entender que, por algum motivo que ele desconheceria, o prefeito Eugênio José Zu­liani teria ficado com medo de que o vereador Luiz Antônio Moreira Salata mudasse de lado e passasse a fazer parte da oposição.

Logo após o encerramento da sessão em que houve a eleição, Carvalho disse à imprensa que, em razão de fatos que aconteceram no passado, na Câmara Municipal, o prefeito tinha a “obrigação moral” de apoiá-lo. Já sobre as razões da preferência do prefeito por Salata, disse que não conseguiu entender. “Talvez o prefeito teve medo do Salata voltar-se contra ele”, opinou.

Carvalho acusa o prefeito de, junto a Salata e Gustavo Zanette , ter feito uma “manobra” na qual o grande prejudicado foi o suplente Paulo Poleselli de Souza, que foi tirado bruscamente do cargo.

“O resultado já era esperado. Desde a sexta-feira (5) sabíamos que não íamos alcançar os seis votos. Lutamos até os 47 do segundo tempo. Tinha a oportunidade de conseguir os votos, mas a manobra política foi maior e saímos derrotados da disputa. Mas, cabeça erguida e talvez ano que vem seja bem melhor para mim”, afirmou.

CONVERSAS DE BASTIDORES

De acordo com uma informação publicada pelo radialista Orlando Rodrigues da Costa, em seu blog, circulava nos bastidores da Câmara, antes das votações, a informação de que Carvalho era candidato eleito até na quinta-feira, dia 4, “mas sabia que estava correndo alguma coisa, porque não tínhamos a preferência do prefeito”.

Segundo o vereador, “o prefeito achava que não tinha obrigação de me colocar como seu preferido, pelo que eu fiz lá atrás, mas acho que moralmente ele deveria ter feito isso”. “Era algo que eu faria como agradecimento”, acrescentou.

Nesse ponto Carvalho faz menção à eleição para a mesa em 2004, quando Zuliani foi candidato a presidente do biênio 2005-2006, mas contra a vontade do ex-prefeito Luiz Fernando Carneiro.

Na oportunidade eram no­ve vereadores, um a menos que agora, e para boicotar a candidatura de Zuliani, Carneiro teria mandado que sua bancada, então composta pelos vereadores Antônio Delo­modarme, Dirceu Bertoco, João Batista Dias Magalhães e José Elias de Morais, votasse em Carvalho. Nesse caso sobrariam para Zuliani os votos dele mesmo, de Francisco Roque Ruiz, de Humberto José Puttini e de Valter Joaquim Bitencourt.

No entanto, quando Carvalho foi votar, era o penúltimo voto e a disputa estava em quatro a três, restando depois o voto de Bitencourt, o último a votar pela ordem alfabética. Se votasse nele mesmo o resultado parcial passaria ser de cinco a três, pulando depois para cinco a quatro com o voto de Bitencourt em Ge­ninho e ele, Carvalho, seria o eleito.

“A presidência estava no meu colo, mas eu havia me comprometido a votar no Geninho. E não sou pessoa de desfazer o que falo. E, naquele dia, quatro a quatro, eu era o quinto voto. Como tinha dado a palavra, votei no Geninho para ser presidente naquele biênio”, observou.

Para o vereador, a sua derrota foi resultado de “uma manobra” perpetrada entre Zanette, Salata e Zuliani, da qual o único prejudicado, na sua opinião, foi o suplente Paulo Poleselli de Souza, que teve que deixar a Câmara sem comunicado prévio. “Acho que esse foi o ponto ruim desta eleição. O Paulo já tinha assumido o compromisso de votar no Salata, não tinha perigo nenhum”, criticou. “Com a saída dele, do jeito que foi feito, ele foi o grande prejudicado.

Foi o grande desmoralizado. Não pensaram na família, não pensaram na sua profissão, na sua carreira política, na sua religião. Por isso acho que foi o grande prejudicado. Mas, ele vai voltar e dará a volta por cima”, aguarda. Mas Po­leselli diz que uma decisão de voltar ou não à Câmara, só será tomada em janeiro.

“Cada um tem a sua preferência, e para ele (prefeito), no momento foi o Salata. Não sei se Salata tinha feito alguma coisa para ele. Mas quando se faz manobra para prejudicar alguém, eu prefiro dar uma recuada. Por isso que não retirei a minha can­didatura. Pensei que já havia saído prejudicada uma pessoa, e decidi então con­tinuar até o final”, finaliza.

 

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