30 de agosto | 2009

Maioria não viu retorno a ideais do professor Sant’anna

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A maioria das pessoas não enxergou alterações consideráveis no formato do evento, que pudessem ser consideradas um retorno às origens do Festival do Folclore, prin­ci­palmente, aos ideais propostos pelo seu idealizador e criador, o folclorólogo, professor José Sant’anna. Pelo menos é isso que se pode depreender das respostas colhidas pela reportagem desta Folha, quando foram questionadas no sentido de expressar as suas opiniões sobre o resultado da proposta da comissão organizadora do evento.

Com relação aos grupos, sejam folclóricos, sejam parafolclóricos, mostrados, a reportagem encontrou respostas que levam ao entendimento que tudo continua na mesma direção verificada nesta década, embora haja opinião de que, no quesito quantidade, houve aceitação.

Por exemplo, o serralheiro Aloísio Louzada, que afirma acompanhar os festivais há 30 anos, não viu muitas modificações em matéria de grupos e apresentações: “acho que continua a mesma coisa de anos anteriores”.

Louzada comenta que é até difícil comparar com os festivais organizados quando o professor ainda vivia: “na época do professor e no começo do festival, era tudo diferente e não é como hoje que o pessoal tem acesso a essa tecnologia, se distanciou do folclore”. Ainda de acordo com o serralheiro “a população era bem menor do que agora e o folclore (festival) não cresceu como deveria crescer para a população”.

O operador de áudio José Valdir Alves da Silva também não viu o retorno prometido e, ao contrário, afirma que está muito distante do que era. “Está faltando alguma coisa. Antigamente tinha as barracas lá fora e mais diversão ao público e esse ano foi meio fraco. Acho que tem que seguir o que o professor Sant´anna fazia”.

Na avaliação do empresário Alcides Cudinhoto o festival deixou muito a desejar: “senti falta das barracas e de melhor aproveitamento do recinto”.

Embora considere aceitável a quantidade de grupos mostrados, ele diz que o evento deixou a desejar: Acho que falta muito para ser o que era com o professor Sant´anna ainda. Senti falta de não terem apresentado o Curupira na abertura da festa, que sempre foi um símbolo do folclore”.

Medo da gripe

O receio da gripe suína afastou a enfermeira Maria Fer­nanda Galbiati Geraldo, que foi ao recinto apenas no primeiro final de semana, quando da abertura oficial do Fefol. Reclamando a falta das barracas para sentar e comer, além de outras coisas, ela afirmou: “Achei que os outros anos foram melhores do que esse”.

Para a balconista Adélia da Silva Novo, defende a volta das barracas da Fenossa e Cidade Mirim, onde “todos gostam de sentar e comer” (sic), embora reconheça que não tem nada a ver com folclore: “mas as danças estavam legais e os grupos estavam baca­nas”.

Já para o balconista Rogério Gustavo da Silva o festival se aproximou mais do que era, com muitas mudanças: “grupos novos vieram e parece que voltou um pouco da alegria no parque”. O único entrevistado que não foi ao recinto, foi o me­ta­lúrgico Luis Roberto Carreira: “estava trabalhando a noite e não dava para ir”.

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