21 de abril | 2008

Maioria acredita em culpa do pai e da madrasta na morte de Isabella

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A maioria dos entrevistados pela reportagem desta Folha durante esta semana, disse acreditar no envolvimento do pai, Alexandre Nardoni, de 29 anos de idade, e da madrasta, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, de 24, na morte da menina Isabella de Oliveira Nardoni, de 5 anos, após cair do 6.º andar do prédio onde mora o pai, na Vila Isolina Mazzei, zona norte de São Paulo.

A projetista Marcela Bertolino Magro, 27 anos, contou que vem pensando no caso há alguns dias e que não consegue acreditar que tenham sido os dois os responsáveis pela morte da menina, "porque acho um absurdo um pai fazer isso com a própria filha. É uma criança, é um caso chocante".

Ela questiona o que uma criança poderia fazer a alguém para ser jogada de um prédio: "Independente de ser o pai, seja lá quem for, não acredito que tenham sido eles. Acredito que não, porque o que vai fazer uma criança? Vai te mostrar a língua e você vai jogá-la pela janela? Não há motivo".

Já a vendedora Vânia Cristina de Arruda, 16 anos, diz que acredita porque tudo leva a acreditar: "Todos os detalhes do que aconteceu, de haver sangue no apartamento, acredito que sejam, não tem uma outra coisa. Falam que não, que podia haver uma terceira pessoa, só que no prédio tem porteiro, então poderia uma pessoa estranha entrar e fazer isso?"

Provas

O promotor de eventos Djalma Tadeu Ribeiro, 31 anos, diz que tem certeza: "Não tenha dúvida. As provas, tudo leva a crer que ela começou pela asfixia, no caso deveria ser a madrasta. Com certeza que foram os dois juntos". O comerciante Marco Antonio dos Santos, 32 anos, respondeu: "Acredito que estão envolvidos".

Embora sem afirmar incisivamente, a advogada Sílvia Antoninha Volpe diz que "de alguma forma eles estão envolvidos porque a criança estava sob a guarda deles naquele momento. Ainda que não envolvidos criminalmente, pelo menos emocionalmente eles estão envolvidos na história".

O noticiário do dia-a-dia faz o técnico em informática Alex Pazin, 24 anos, acreditar que foi o pai o autor do homicídio: "de repente foi perturbado pela esposa e acabou tomando essa iniciativa". Já para a secretária Ediana Regina Lopes, 19 anos, a madrasta matou e o pai jogou pela janela: "estavam na casa deles, quem mais poderia ser?".

O auxiliar de escritório Sidney Ferreira, 39 anos, acredita que o casal seja culpado, mas não descarta haver outras coisas envolvidas.

No entanto, o nome da mãe, a bancária Ana Carolina Cunha de Oliveira, de 24 anos, pelo menos no início não passou despercebido por alguns dos entrevistados, mas acabou sendo descartada com o desenrolar dos fatos, como no caso da comerciante Sonia Maria Prado Lazari, 57 anos: "percebi que ela estava muito fria, mas ainda estou em dúvida". Já Rosangela Ramos diz que as provas têm indicado que sim.

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