26 de maio | 2019

Mãe de bebê de 6 meses relata o sofrimento que viveu com erro grosseiro ocorrido na UPA

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Juliana Rodrigues, mãe de um menino que está com 6 meses de idade, relatou na quinta-feira desta semana, dia 23, o sofrimento e o susto que viveu ao levar a criança que estava com gripe na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), para tratamento. Ela conta que chegou na manhã e deu entrada com o filho às 10h47. De acordo com Juliana, após o atendimento a médica informou que seriam feitas três inalações e uma injeção de corticoide. “Chegamos à sala de medicação após um raios-X e a enfermeira veio com o copinho de inalação já com medicação dentro e uma “seringa e agulha nela” com medicação. Jogou dentro do copo, achei estranho o fato dela jogar a medicação da injeção, afinal teria que ser aplicada. Colocamos para ele inalar e quando ela ia saindo perguntei da injeção, acabei associando que era a que ela havia jogado na inalação. A mesma assustou e disse “mas não tinha medicação”. Eu disse que sim, tinha. Ela assustada desligou e disse que estava errada e que ia verificar”.

Continua o relato: “falando com outra enfermeira, pois fiquei revoltada com a falta de atenção, a mesma confirmou que ela estava no fundo falando com a chefe sobre o erro na medicação. Agora pergunto: “se eu não tivesse perguntado da medicação. Se a medicação trouxesse risco? Ele (bebê) teria feito a inalação até o fim? Poderia perder o meu filho por um erro? Uma mãe cansada, talvez um pouco mais desatenta não teria notado. Sem falar que sai de lá as 16h15, quase 5 horas e meia para fazer 3 inalações, uma injeção e ver um raios-X”.

Mas a situação ainda seria pior. “Quando fui pedir a 3.ª inalação nem elas sabiam se tinha feito. Chegaram a afirmar que ele havia feito a inalação sem controle algum dos horários que foram feitos ou quantas foram feitas. As autoridades que dizem que está tudo certo, convido para que levem os seus filhos e netos e façam uma medicação certa como a do meu filho. Se algo acontecesse eu moveria céus e terras pela vida dele. Graças a Deus notei a tempo. Que as devidas providências sejam tomadas”.

Em seguida uma inter­nauta,  Amanda Viei­ra postou: “Essa Upa não presta, nem os médicos e nem os enfermeiros. Não sei para que está aberta ainda”. Marcia Souza acres­centou: “É o que eu digo se não for para justiça, ir ministério público isso não vai mudar quan­tos mais vão ter que morrer”, questionou.

Médica afirma que não receitou o procedimento aplicado em Miguel

A dona de casa Juliana Rodrigues, de 25 anos de idade, mãe do bebê Mi­guel, de apenas 6 meses, contou na manhã de sexta-feira, dia 24, durante entrevista que concedeu a reportagem do programa Cidade em Destaque, apresentado diariamente pelo jornalista José Antônio Arantes, na rádio Cidade FM, que a médica afirmou para ela que não tinha receitado o procedimento aplicado na criança, por uma das enfermeiras da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na quinta-feira desta semana, dia 23.

Juliana Rodrigues contou que conversou com a médica e explicou sobre o que aconteceu. Segundo ela, a médica estranhou e afirmou: “Mas eu não pedi para que ela (enfermeira) fizesse esse procedimento, esse tipo de coisa não pode acontecer, não costumo pedir para que esse tipo de medicamento seja usado em inalação e sim injetado”, afirmou, contando também que a médica ficou assustada.

De acordo com Juliana, a médica verificaria a situação porque “isso não poderia acontecer”. A mãe contou também que pretende procurar o Ministério Público para que esse caso seja averiguado. “Pretendo sim porque é uma impunidade, isso pode acontecer ao meu filho, mas também pode acontecer com outras pessoas. A gente sabe que a saúde está um caos, a gente sabe também das dificuldades que os funcionários do sistema público único de saúde estão sobrecarregados. A gente até entende um pouco o lado deles, mas eles lidam com vidas e isso não pode acontecer. Então, os responsáveis têm que tomar as devidas providências para tirar um pouco a sobrecarga desses funcionários, agir de melhor forma para que todos tenham um bom atendimento”.

Juliana acredita que houve um erro, “porque a seringa estava com a agulha dentro do pacotinho que vem. Sempre que a gente vai lá são esses procedimentos, a seringa vem com a agulha para ser aplicada na pessoa, nunca pra ser jogada na inalação, até porque quando elas preparam a medicação de inalação elas colocam em um copinho plástico de café o soro com a medicação”.

Internautas pedem providências e até o fechamento da UPA local

Se já não bastassem os casos que vêm ocorrendo, inclusive com a morte de uma estudante de 21 anos de idade, na madrugada da segunda-feira da semana passada, dia 13, agora mais um erro grave acabou se verificando na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Essa situação levou dezenas de internautas a pedirem providências urgentes e inclusive o fechamento da unidade.

Pelo menos é isso que se pode depreender a partir da postagem feita por Cidy Donaire, em sua página no Facebook, na quinta-feira desta semana, dia 23. “Basta, isso foi com um bebê de 7 meses. Basta, chega, alguém tem que fazer alguma coisa. Isso é grave. SOS. Alguém tome providência”, postou antes de relatar o que se passou com a mãe do bebê.

E continuou: “Olha o perigo. E ele inalou um pouco. Ela catou a injeção e jogou dentro quando perguntei da medicação que ela foi se tocar. Só Deus mesmo. Se faz isso imagina o que não fazem de errado por ai. Onde inalação faz isso. Chegaaaaaaa kd as autoridades para dar um basta nesta upa? Olha o absurdo é de se revolta”.

José Ricardo Alvarenga postou em seguida: “Caramba isso é uma denúncia grave tem que ser feito alguma coisa. Que perigo. Isso podia dar um choque anafilático, vai saber o que poderia acontecer. Deveria ter tudo isso numa prancheta. Todos os medicamentos que o médico prescrever tem que estar no prontuário, tem que estar descrito e a forma de aplicação também”.

“Todos têm que ficarem atentos e sempre indagar o que médico prescreve, verificar se realmente a enfermeira está cumprindo com a determinação independente se a UPA está lotada, ou seja, sempre observar, ali estão lidando com vidas”, postou Cassia Maria.

Cidy Donaire voltou a se manifestar: “Engraçado NE? Sair processando são bons. Agora eu pergunto porque não tira a bunda da cadeira e vai lá de perto ver esse upa. Meu Deus todos os dias tem um aqui falando desse upa e ninguém faz nada. Isso que revolta”.

 

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