O letrista Maurício Rozato Júnior, de 30 anos, conhecido popularmente por "Maurício Letrista"(foto), se enforcou no início da noite do dia 27 de agosto próximo passado, por causa de um amor não correspondido. A informação consta do bilhete cuja cópia o pai encaminhou nesta sexta-feira (14) à redação desta Folha.

"Meu filho se matou por amar uma pessoa errada, que jamais deveria ter conhecido. Essa é a carta que ele me deixou no dia que se matou", afirmou Maurício Rosato, pai do suicida.

No bilhete Maurício Letrista se queixou de problemas no relacionamento que vinha tendo com C., pediu perdão pela atitude que tomou e ainda solicitou que continuassem respondendo seus recados no Orkut.

Veja o conteúdo do bilhete que Maurício Júnior deixou: "A C. disse que os papéis vão pro fórum amanhã e terça vou ser intimado ao fórum e vou ser preso. Ela disse que transou bastante no rodeio em Barretos e desejou a minha morte. Ela conseguiu. Ela me traiu durante todo o tempo e eu acreditava nela. Peço desculpas a todos, mas o meu coração não agüenta mais. Perdão. Continue respondendo meus recados no Orkut. Obrigado".

Júnior foi encontrado pelo pai, enforcado por fios de uma extensão elétrica, na varanda da sua própria casa. O fato foi registrado pela polícia às 20h44, da noite da segunda-feira, dia 27 de agosto, na rua da Rolinha, 70, Jardim José Trindade, Cohab I.
Maurício Júnior havia saído durante o dia retornando apenas no início da noite. Em determinado momento seu pai viu em cima da mesa alguns frascos de remédio e, em razão do filho já ter tentado contra a própria vida anteriormente, ficou preocupado e saiu à sua procura.

Possivelmente, segundo as impressões dos policiais que atenderam o caso, Maurício Letrista teria amarrado o fio elétrico no caibro e subido numa cadeira. A primeira impressão é que ele teria, então, passado o fio no pescoço e ingerido os medicamentos para dormir e acabou enforcado depois do remédio fazer efeito.

O rapaz já havia tentado contra a própria vida anteriormente. No entanto, naquela oportunidade, embora tenha ingerido produtos tóxicos, houve tempo para que fosse socorrido.

Dias antes desta primeira tentativa frustrada, Maurício Letrista havia sido envolvido numa ocorrência policial, ao ser denunciado e em seguida autuado em flagrante por porte de arma de fogo.