04 de julho | 2010
Leitura é fundamental para a alfabetização perfeita
Na opinião do professor Ivo de Souza (foto), uma boa leitura é fundamental para que a criança receba uma alfabetização com a perfeição adequada aos padrões exigidos pela língua portuguesa. Por isso, destaca que o incentivo é importante dentro da própria escola, além da própria família, mas que o aluno tem que sentir prazer ao ler.
“Muitas vezes os professores pedem livros para os alunos lerem para cobrar nomes de personagens e, é até válido para o momento, mas desestimula a leitura. Ele tem que sentir prazer ao praticar a leitura”, explica. Para tanto, o aluno tem que ter direito de escolher qual livro vai ler, sabendo que não será cobrado numa prova, por exemplo.
Outro problema que afeta o gosto pela leitura, é a dificuldade de acesso a bons livros. “Essas classes menos favorecidas têm mais dificuldades ainda porque não tem um contato primeiro com um jornal, como uma parcela da chamada elite financeira tem”, avisa.
“Você deve iniciar a criança desde muito nova a ter contato com o livro. Primeiramente como um objeto lúdico e de prazer, sabendo que depois terá que saber ler. Os pais precisavam ler histórias infantis às crianças”, acrescenta.
A leitura, insiste Souza, ajuda e muito a evitar que o aluno acabe escrevendo como se fala, confundindo alguns dos caracteres de um dos alfabetos mais ricos do mundo, como no caso da língua falada no Brasil. “O som da nossa língua geralmente, não bate com a escrita. Para um aluno que não lê, ou seja, que não vê a palavra escrita, que é uma forma muito importante de gravar essa palavra”, diz.
“Não adianta fazer aquelas coisas antigas de passar; você vai escrever 50 vezes, 100 vezes, porque na hora que a palavra aparecer num contexto qualquer, vai continuar escrevendo errado. Então, tem que, primeira coisa, começar a ler para que possa visualizar a grafia da palavra, por ele próprio. E, também, ir ao dicionário, orientado pelo seu professor, fazer pesquisas que é fundamental”, acrescenta.
No entanto, destaca que “o processo de alfabetização hoje, nem sempre são os mesmos que nossos professores usavam e, a criança vindo de uma camada sócio-econômica menos favorecida, menos contato ela tem com todo esse mundo da leitura, da cultura, da educação”.
“Passeio, por exemplo, o ‘c’ para ela é suficiente, basta para dar o som da palavra que ela vai escrever. Se você ler e só prestar a atenção no som ou se você só ouvir a palavra lida, você não sabe como que ele escreveu. Se com ‘c’ ou com ‘ss’. Então, esse ‘c’, para ele, basta para reproduzir esse som de ‘ss’”, exemplifica.
ESCOLA DEMOCRÁTICA
Ivo de Souza defende que a escola não deve pertencer a uma elite apenas e ser mais democrática, mas avisa que tem que ser preparada para esse novo público que está chegando. Outro problema é o desinteresse dos pais que, em muitos casos, ficam esperando solução de dentro da escola. “Mas o brasileiro em geral não gosta de ler. Por isso que a escola e a família, quando tem condições deve despertar, na criança, o gosto pela leitura desde muito cedo”, ressalta.
Para Souza se trata de uma situação complicada. “Acho que a escola deveria ser diferente e levar muito em conta a vivência do aluno em seu dia-a-dia, porque ele na sua lida diária, ele trabalha vendendo verdura, faz troco, sabe o que está faltando na conta. Só que chega na sala de aula, aquela teoria matemática ele não aprende. Então fica um fosso”, reforça.
“Muitas vezes os professores pedem livros para os alunos lerem para cobrar nomes de personagens e, é até válido para o momento, mas desestimula a leitura. Ele tem que sentir prazer ao praticar a leitura”, explica. Para tanto, o aluno tem que ter direito de escolher qual livro vai ler, sabendo que não será cobrado numa prova, por exemplo.
Outro problema que afeta o gosto pela leitura, é a dificuldade de acesso a bons livros. “Essas classes menos favorecidas têm mais dificuldades ainda porque não tem um contato primeiro com um jornal, como uma parcela da chamada elite financeira tem”, avisa.
“Você deve iniciar a criança desde muito nova a ter contato com o livro. Primeiramente como um objeto lúdico e de prazer, sabendo que depois terá que saber ler. Os pais precisavam ler histórias infantis às crianças”, acrescenta.
A leitura, insiste Souza, ajuda e muito a evitar que o aluno acabe escrevendo como se fala, confundindo alguns dos caracteres de um dos alfabetos mais ricos do mundo, como no caso da língua falada no Brasil. “O som da nossa língua geralmente, não bate com a escrita. Para um aluno que não lê, ou seja, que não vê a palavra escrita, que é uma forma muito importante de gravar essa palavra”, diz.
“Não adianta fazer aquelas coisas antigas de passar; você vai escrever 50 vezes, 100 vezes, porque na hora que a palavra aparecer num contexto qualquer, vai continuar escrevendo errado. Então, tem que, primeira coisa, começar a ler para que possa visualizar a grafia da palavra, por ele próprio. E, também, ir ao dicionário, orientado pelo seu professor, fazer pesquisas que é fundamental”, acrescenta.
No entanto, destaca que “o processo de alfabetização hoje, nem sempre são os mesmos que nossos professores usavam e, a criança vindo de uma camada sócio-econômica menos favorecida, menos contato ela tem com todo esse mundo da leitura, da cultura, da educação”.
“Passeio, por exemplo, o ‘c’ para ela é suficiente, basta para dar o som da palavra que ela vai escrever. Se você ler e só prestar a atenção no som ou se você só ouvir a palavra lida, você não sabe como que ele escreveu. Se com ‘c’ ou com ‘ss’. Então, esse ‘c’, para ele, basta para reproduzir esse som de ‘ss’”, exemplifica.
ESCOLA DEMOCRÁTICA
Ivo de Souza defende que a escola não deve pertencer a uma elite apenas e ser mais democrática, mas avisa que tem que ser preparada para esse novo público que está chegando. Outro problema é o desinteresse dos pais que, em muitos casos, ficam esperando solução de dentro da escola. “Mas o brasileiro em geral não gosta de ler. Por isso que a escola e a família, quando tem condições deve despertar, na criança, o gosto pela leitura desde muito cedo”, ressalta.
Para Souza se trata de uma situação complicada. “Acho que a escola deveria ser diferente e levar muito em conta a vivência do aluno em seu dia-a-dia, porque ele na sua lida diária, ele trabalha vendendo verdura, faz troco, sabe o que está faltando na conta. Só que chega na sala de aula, aquela teoria matemática ele não aprende. Então fica um fosso”, reforça.
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