13 de julho | 2008

“Lei Seca” já reduziu até 70% consumo de bebidas alcoólicas

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Embora ainda não se possa afirmar que a situação seja generalizada na cidade, o fato é que a Lei 11.705/08 já reduziu em até 70% o consumo de bebidas alcoólicas na cidade de Olímpia. Em vigência desde o dia 20 de junho de 2008, quando foi publicada no Diário Oficial da União, a lei ficou conhecida popularmente por "Lei Seca".

Mesmo ainda sem condições de praticar a fiscalização mais rígida, por exemplo, com a utilização de bafômetros, a presença constante de viaturas da Polícia Militar inibe os motoristas que gostam de beber, forçando-os a mudar seus comportamentos.

A lei proíbe dirigir quando o bafômetro marcar 0,1 miligrama de álcool por litro de ar expelido ou 0,2 gramas de álcool por litro de sangue e prevê multa de R$ 957,70, suspensão da CNH por 12 meses e ainda a retenção do veículo até a apresentação de um motorista habilitado e sóbrio.

Mas há saídas para sair de casa e beber. Pelo menos uma lanchonete da cidade já fez "entrega" de um cliente em domicílio, porque tinha bebido. Isso aconteceu na lanchonete Avenida Lanches.

De acordo com a proprietária, Rosangela Martins Lopes, embora não tivesse especificado as condições em que o fato ocorreu, teve que levar o cliente embora por causa da quantidade de cervejas que havia ingerido.

Embora ainda não tenha implantado o serviço de entregas em domicílio, os clientes que quiserem beber além do que é permitido pela chamada "Lei Seca" o restaurante Ying Choi o levará para casa. A afirmação é da proprietária Antonia Porfírio Wai. "Se meu cliente beber e não tiver em condição de ir para casa, com certeza pegarei um carro e o levarei sim", disse.

Ao contrário do que normalmente acontece com muitas leis que caem em desuso, a Polícia Militar deve persistir na fiscalização proporcionada pela Lei 11.705, que limita a índices bastante baixos o teor alcoólico permitido para que uma pessoa possa conduzir um veículo automotor.

"Acho que está ideal e que deveria não fazer só no começo, mas continuar persistindo na lei, porque tem coisas que começam e depois já param. Tem que continuar persistindo", comentou a comerciante Marli Cabral, proprietária do Butequim do Cabral e Stop Lanches.

Rodovias

Na opinião do comerciante Alessandro Danilo de Andrade, proprietário de restaurante que atende no Clube de Campos Álvaro Brito (CCAB), a rigidez da chamada "lei seca" deveria valer somente para vias de alta velocidade, como, por exemplo, nas rodovias. Nas regiões urbanas, entende que deveria haver uma elasticidade no limite mínimo de álcool ingerido.

Embora o tom de brincadeira em relação à chamada "Lei Seca" ainda perdure, principalmente em cidades do porte de Olímpia, o fato é que na Pizzaria Miranda a redução na comercialização de bebidas alcoólicas já foi percebida pelo proprietário, o pizzaiolo José Roberto Miranda.

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