12 de setembro | 2024

Justiça decreta prisão preventiva dos cinco envolvidos no flagrante de cárcere privado e maus-tratos em clínica de recuperação

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Decisão foi tomada após audiência de custódia realizada na quarta-feira (11), envolvendo clínica de recuperação na zona rural de Olímpia

A Justiça local decretou, na tarde de quarta-feira (11), a prisão preventiva dos cinco indivíduos detidos em flagrante por suspeita de cárcere privado e maus-tratos em uma clínica de recuperação localizada na zona rural de Olímpia. A ação da Polícia Militar ocorreu após denúncia da Vigilância Sanitária, que apontou irregularidades sanitárias e documentais na clínica, identificada como Lótus.

A operação, realizada na manhã de terça-feira (10), envolveu a participação do Sargento PM Luiz Antônio Neves e do Soldado Andriolli, que atenderam ao chamado da Vigilância Sanitária. Eles detiveram o proprietário da clínica, C.S., de 43 anos, e quatro funcionários, com idades entre 30 e 42 anos. Os internos do local relataram viver em condições sub-humanas, sendo medicados sem orientação médica adequada e mantidos em cárcere privado.

RELATOS DE CONDIÇÕES DEGRADANTES E USO INDEVIDO DE MEDICAMENTOS

Entre os materiais apreendidos pela polícia estavam medicamentos antidepressivos e antipsicóticos, além de cerca de 100 seringas. Os internos alegaram que os medicamentos eram misturados e administrados de maneira irregular para mantê-los sedados. Segundo relatos, as seringas eram usadas como forma de castigo, sendo que alguns pacientes chegavam a ser trancados por até três dias seguidos.

Durante a ação, um dos funcionários conseguiu fugir em um veículo e ainda está sendo procurado pelas autoridades. Os demais envolvidos foram encaminhados para a delegacia local para prestar depoimento. Os internos foram retirados da clínica e encaminhados para abrigos, onde estão recebendo o devido acompanhamento.

PRISÃO PREVENTIVA E AUTUAÇÃO DOS ENVOLVIDOS

Os cinco detidos foram autuados em flagrante pelos crimes de cárcere privado, maus-tratos e associação criminosa. Após a audiência de custódia, a Justiça decretou a prisão preventiva de todos eles. Os suspeitos estão à disposição do sistema judiciário e serão encaminhados à Cadeia Pública de Colina.

O caso segue sob investigação das autoridades, que continuam reunindo provas para aprofundar o inquérito. O Ministério Público foi fundamental ao solicitar a prisão dos envolvidos e acompanha de perto o desenrolar das investigações.

COLABORAÇÃO ENTRE ÓRGÃOS GARANTE SUCESSO DA OPERAÇÃO

A operação contou com a integração de várias forças, incluindo as Polícias Civil e Militar, a Guarda Civil Municipal (GCM), a Secretaria de Assistência Social e a Vigilância Sanitária, todos trabalhando em conjunto para garantir o desfecho positivo da ação. O esforço coordenado foi elogiado pelas autoridades locais, que ressaltaram a importância da união entre os diferentes setores para combater crimes dessa natureza.

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