01 de setembro | 2024

Júri absolve mulher que matou e enterrou o marido no quintal

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LIBERDADE!
Maria Luísa Procópio Macharet, de 56 anos, teve a tese de legítima defesa acatada pelo Conselho de Sentença.

Com a tese de legítima defesa acatada pelo Conselho de Sentença (jurados), Maria Luísa Procópio Macharet, de 56 anos, foi absolvida em julgamento realizado no Fórum de Olímpia. Ela era acusada de ter matado e enterrado o marido, Laércio Dias da Silva, no quintal de sua casa em Severínia.

O júri, presidido pelo juiz de direito Mateus Lucatto de Campos, foi realizado na quinta-feira, 29, e teve seis horas de duração. De acordo com a sentença, o Ministério Público, representado pela promotora Sylvia Luiza Damas Prestes Ribeiro, não sustentou a tese acusatória inicial e, ao final, solicitou ao Conselho de Sentença a absolvição da acusada quanto ao crime de homicídio simples, em razão da legítima defesa.

Em sequência, o Ministério Público também pediu a absolvição pelo delito de ocultação de cadáver, aduzindo clemência devido às circunstâncias do caso. O advogado de defesa, João Borges da Silva Júnior, reforçou o pedido de absolvição, argumentando legítima defesa no caso do homicídio e, quanto à ocultação de cadáver, pediu também a absolvição, alegando crime impossível ou clemência.

As teses foram acatadas pelo corpo de jurados, e a ré foi absolvida. Como Maria Luísa estava em liberdade, foi concedido a ela o direito de recorrer e aguardar julgamento em liberdade, caso necessário.

O CRIME

O crime foi praticado no dia 1º de julho de 2013, na Rua João Russo, no bairro CDHU, em Severínia. De acordo com a denúncia, Maria Macharet desferiu golpes na cabeça de seu companheiro, Laércio Dias da Silva, causando ferimentos que o levaram à morte. Em seguida, enrolou o corpo em um lençol e o enterrou no quintal, concretando a área posteriormente. O crime foi descoberto e confessado pela acusada.

No processo, consta que foram registrados pelo menos três boletins de ocorrência em que Maria aparece como vítima de agressões praticadas por seu companheiro. Também foi relatado que Laércio não aceitava a separação e a ameaçava. No dia do crime, ele teria chegado em casa por volta da 1h da madrugada e exigido que ela lhe preparasse o jantar. Temendo ser novamente agredida, Maria pegou uma marreta e desferiu os golpes. Em seguida, decidiu enterrar o corpo no quintal e concretar a área.

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