20 de dezembro | 2013
Juiz concede liberdade provisória a empacotador que matou irmão
O juiz de direito da 2.ª Vara Criminal de Olímpia, Lucas Figueiredo Alves da Silva, concedeu liberdade provisória para o empacotador Rafael Oliveira Anjos, de 19 anos de idade, acusado de matar o próprio irmão, o desempregado Renan Oliveira dos Anjos, de 18 anos. O crime aconteceu na tarde da quarta-feira, dia 18, por volta das 14h30, na Rua Bartolomeu Ittavo, no Jardim Miessa, na zona norte da cidade.
Segundo consta, além da alegação de legítima defesa declarada em seu depoimento ao delegado Marcelo Pupo de Paula, no mesmo dia do crime, na decisão, o juiz levou em consideração que Rafael é réu primário, tem bom antecedente, emprego fixo e ainda que se apresentou voluntariamente à polícia.
Como se sabe, o empacotador declarou na Delegacia de Polícia de Olímpia, que agiu em legítima defesa ao matar o próprio irmão, Ele prestou depoimento ao delegado Marcelo Pupo de Paula no final da tarde do dia do crime, por volta das 17 horas.
A facada acertou o peito de Renan, abaixo do mamilo esquerdo. Rafael Oliveira dos Anjos foi indiciado por homicídio simples e encarcerado na cadeia pública de Severínia, onde permaneceu até no final da tarde da quinta-feira.
No depoimento Rafael alega que trabalha numa empresa de distribuição de medicamentos exercendo a função de empacotador e que tinha chegado em casa, por volta das 14h20, para almoçar e na casa encontrou o irmão, a namorada dele A, de 15 anos, e o tio que é considerado especial.
Como Renan estava ouvindo música, mas o som estava muito alto, pediu para que diminuísse o som, mas Renan não gostou e passou a ficar bravo e a esmurrar a porta do quarto. Então Rafael disse que iria chamar a polícia.
No entanto, segundo relatou ao delegado, a ligação ao 190 teria caído em Ribeirão Preto, mas a atendente ficou confusa, perguntando a cidade de onde estava falando.
Enquanto isso, segundo consta na polícia, Renan saiu da casa e passou a dizer para o primo e para a tia que ele estava chamando a polícia. Nesse momento, Rafael conseguiu fechar a porta da casa deixando o irmão para o lado de fora.
Porém, Renan teria passado a desferir chutes contra a porta, chamando Rafael para uma briga. Em seguida, Renan teria atirado várias pedras e pedaços de pau contra a porta e ainda forçou-a com um pedaço de cano.
Ainda segundo o relato, Renan conseguiu invadir a casa pela janela do quarto de seu tio e continuou a arremessar tijolos contra Rafael, chegando a atingi-lo no braço esquerdo, região do punho. Depois, Renan voltou para o quintal, pulando para a mesma janela, pegou mais pedras, e continuou a arremessá-las contra o irmão.
Também segundo o depoimento de Rafael, com muito medo ele apossou-se de uma faca, apenas para se defender até a chegada da polícia. Porém, Renan neste ponto da situação com uma pedra maior nas mãos, investiu novamente contra o interrogando e, para se defender, acabou golpeando-o, atingindo-o, porém não sabendo onde, pois foi tudo muito rápido.
Em seguida, Renan saiu correndo em direção da casa da tia e depois foi socorrido. Rafael permaneceu dentro de casa esperando a chegada da polícia e aí contou o que tinha acontecido, bem como apresentou a faca utilizada no crime. Ele afirma que Renan era pessoa violenta e que já o agrediu outras vezes, assim como também ao tio, que é especial.
No depoimento consta também que Renan já esteve internado na Fundação CASA (Centro de Assistência Sócio-educativa do Adolescente), por eventual envolvimento com o tráfico de drogas.
Ainda segundo consta na polícia, Rafael afirma que em momento algum teve a intenção de matar o irmão, mas que agiu apenas para se defender.
Também segundo as informações divulgadas pela polícia, a única testemunha do crime, já arrolada pela polícia, A, namorada de Renan, teria confirmado totalmente a versão apresentada por Rafael à polícia.
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