21 de agosto | 2014

Invasores fazem acordo para deixar área invadida e prefeito promete pagar aluguel para oito famílias sem teto

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Durante uma reunião realizada na Prefeitura Municipal de Olímpia, na tarde da quarta-feira, dia 20, os invasores de uma área localizada no Jardim Santa Fé, na zona leste, que fazem parte do movimento Acampamento Canaã, fizeram um acordo com o prefeito Eugênio José Zuliani para deixar o local. Além disso, o prefeito também se comprometeu a pagar aluguéis para oito famílias sem teto que não tem para onde seguirem de forma alguma.

São 103 famílias que invadiram uma área que pertence à Prefeitura Municipal, localizada entre as ruas Vicente Caputo, Alceu Clemêncio da Silva e Paulinho Baraldi, no Jardim Santa Fé, na zona leste da cidade, que mede aproximadamente 60 mil metros quadrados (200 por 300 metros).

Esse foi o local para onde os sem teto se dirigiram no início da tarde do dia 8, depois de terem sido obrigados a deixar o local das antigas lagoas Estação de Tratamento de Esgoto do córrego dos Pretos, também na zona leste.

Uma das exigências foi que o sem teto Roberto Amaro assumisse a responsabilidade pelo movimento e assinasse a citação apresentada pelos oficiais de justiça. A partir de então, eles têm cinco dias para deixar o local, prazo que expira na próxima segunda-feira, dia 25.

Mas além do aluguel para as oito famílias, também foi prometido cursos profissionalizantes para inserir todos no mercado de trabalho até que consigam atingir a independência econômica. “Vai depender da dedicação de vocês”, avisou o prefeito.

A solução do problema, segundo o próprio prefeito, está inserido no Plano Habitacional de Interesse Social (Plhis), aprovado  recentemente pela Câmara Municipal.

No entanto, as informações constantes no plano não mostram a real demanda por moradia no município de Olímpia. Em razão disso, o prefeito assume que foi pego de surpresa com a invasão dos sem teto. “Nunca imaginava, de forma nenhuma, que com 2.2 mil casas em Olímpia, nós teríamos invasão”, justificou o prefeito. “Não estava preparado para lidar (com invasão)”, acrescentou.

Também de acordo com o prefeito, o plano prevê as moradias de interesse social sendo construídas na zona leste da cidade e não na zona norte, demonstrando que a intenção da lei é retirar os pobres da região da cidade onde o turismo está se desenvolvendo, principalmente no setor já denominado de Vale do Turismo.

Mas para ajudar os sem teto, foi exigido que eles formem uma associação, inclusive com CNPJ e com registro em cartório, situação que, segundo garante o prefeito, facilitará a inclusão de todos nos próximos conjuntos habitacionais, sejam construídos pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano) ou através do programa do Governo Federal Minha Casa, Minha Vida.

Também de acordo com o prefeito, facilitará também a ida para os conjuntos que já estão projetados para os distritos de Baguaçu e Ribeiro dos Santos, isso se alguma dessas famílias desejarem se transferir para esses locais.

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