13 de setembro | 2009

Indiferença da sociedade leva à violência

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 A sociedade mundial tem sido um pouco indiferente relativamente aos seres que são socialmente frágeis e que muitas vezes adotam condutas violentas como forma de proteção e, às vezes, por imitação. A afirmação é do advogado Oscar Albergaria Prado (fo­to), membro da Comissão dos Diretos Humanos, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), sub­sec­ção de Olímpia. Porém, segundo ele, tem assumido “proporções ta­is” (sic), que a escola não sabe que medidas tomar para sanar este problema.

“A violência protagonizada pelos jovens nas escolas é uma realidade inegável, mas não um fenômeno novo”, afirma. Entretanto, Prado avisa que neste momento, em que se discute a violência nas escolas, todos devem se cons­cien­tizar da necessidade de que todos os seguimentos da sociedade civil e autoridades devem se unir para trabalhar e discutir os temas que versem sobre violência, sobre criminalidade e sobre paz.

“Penso que para que se possa combater a violência é necessário que toda a sociedade civil e as autoridades se mobilizem nessa luta. A união de todos é muito importante para que se possa mudar esse quadro, evitando quanto possível a violência”, reforça.

Necessidades básicas

As questões humanitárias e necessidades básicas, afirma Prado, também têm que constarem da pauta dos debates sobre a violência, além da criminalidade organizada, do assalto que acontece na esquina, da violência que acontece física, dentro de casa, sexual, muitas vezes, contra as crianças, nas escolas, na rua.

“Mas não podemos esquecer também da violência da falta de educação, da falta de atendimento médico, da violência que se manifesta das mais variadas formas. Portanto,  é necessário se diagnosticar isso, essas várias facetas. Tudo isso precisa ser alvo de uma grande reflexão”, acrescenta.

Prado entende que é preciso uma reflexão pelos dirigentes, pelas entidades, mas acima de tudo pelo povo a mudar o seu comportamento e a exigir medidas dos órgãos governamentais que possam minimizar esses efeitos tão lesivos da violência. “A violência é algo que está presente na vida de todo mundo, mas precisamos lutar para que um dia a violência venha a ser considerada como assunto acessório e não principal”, diz.

“Precisamos lutar para que nossa preocupação esteja voltada apenas com a divisão das riquezas para a área social, da saúde, da educação, o que, se isto for conseguido, a violência será tratada por nós como um assunto periférico. E este momento em que todos estamos demonstrando nossa preocupação com a violência é, certamente, o primeiro passo para que se possa alcançar esses objetivos”, finaliza.

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