12 de março | 2023

Idoso atacado por cães respira por aparelhos e está em coma induzido na UTI em Barretos

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ATAQUE ANIMAL!
Idoso ficou por aproximadamente 50 minutos lutando contra os animais e gritando por socorro. José Francisco teve uma das pernas amputadas pelos cães de guarda de uma empresa cujos portões foram abertos para a entrada de uma máquina e os cachorros escaparam.

 

Da Redação com Cleber Luis (Record) – José Francisco Tavares da Silva, de 62 anos, que teve a perna amputada após ser atacado por diversos cães em Severínia, permanece internado na Santa Casa de Barretos, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em estado grave. Ele respira por aparelhos e está em coma induzido. O ataque aconteceu na noite de segunda-feira, 6, na Vila Santo Antônio, e só terminou quando policiais militares interviram.

Segundo a assessoria de imprensa do hospital, o idoso passou por uma amputação na perna direita. Ele permanece internado na UTI, com quadro grave, sedado e com a necessidade de ventilação mecânica.

Segundo a Polícia Militar, no dia do ataque, uma testemunha relatou que ao chegar para descarregar uma máquina agrícola em uma empresa, visualizou vários cães perto do idoso, que já estava caído.

FOI LEVADO PARA O PS DE SEVERÍNIA,
MAS TEVE QUE SER TRANSFERIDO PARA BARRETOS

Ele foi socorrido por uma ambulância e, num primeiro momento foi levado ao Pronto Socorro de Severínia, mas, devido à gravidade do caso, foi transferido para a Santa Casa de Barretos.

A notícia ganhou repercussão regional na quinta-feira, ganhando espaço nos principais veículos com sede em Rio Preto e na internet.

Segundo um irmão da vítima, ele está em coma Induzido, passando um momento muito difícil, corre risco de vida. Teve que amputar uma perna e vai ter que fazer varias cirurgias. Ele está tendo uma reação normal para a situação, mas a família esta toda desesperada.

CÃES SERIAM
DA RAÇA PITBULL

Segundo informações obtidas pelo repórter Cleber Luis e veiculadas em reportagem do programa Balanço Geral, da TV Record, o ataque aconteceu por volta de 20 horas. José Francisco voltava na casa de amigos que moram próximo ao local. Ele, inclusive, reside no bairro já há muito tempo e costumava fazer esse trajeto todos os dias para retornar para casa que fica cerca de 20 metros de onde aconteceu o ataque.

Na noite de segunda-feira, no entanto, teria sido surpreendido por dois cães, que algumas testemunhas dizem que são da raça Pitbull. Segundo ainda informações do próprio José Francisco, que ao ser socorrido estava consciente, esses animais teriam escapado de uma empresa que tem um barracão próximo, onde são guardadas máquinas agrícolas e esses animais seriam cães de guarda.

PORTÃO FOI ABERTO
E CACHORROS ESCAPARAM

No momento em que ele passava por esse ponto, o portão foi aberto para que o veículo fosse guardado, os animais escaparam e acabaram derrubando José Francisco. Caído, ele chegou a lutar com os cães por cerca de 50 minutos, tempo que o ataque durou e teve mordidas em todo o corpo. No entanto, só conseguiu se livrar dos animais com a chegada da polícia militar.

Quanto foi socorrido ele estava consciente e disse aos policiais que ficou lutando com os cachorros, pedindo socorro e não aparecia ninguém até a PM o socorrer.

Os animais que teriam atacado José, segundo informações colhidas por Cleber, já teriam sido recolhidos pelo centro de controle de Zoonoses do município, mas um canil dentro da empresa ainda abriga outros cães entre eles um pitbull, que também seriam usados na guarda do local.

NA EMPRESA NINGUÉM
ATENDEU O REPÓRTER

O repórter da Record tentou falar com algum responsável na empresa, mas ninguém atendeu.

A polícia civil de Severínia já instaurou inquérito para apurar se houve negligencia na guarda dos animais. Imagens de câmeras de segurança serão analisadas, testemunhas devem prestar depoimentos nos próximos dias.

Segundo o delegado Marcelo Pupo de Paula, que responde pela delegacia de Severínia, em tese, inicialmente está sendo apurada a omissão de guarda animal e lesão corporal culposa, mas acredita que na história civil o caso pode ter um desfecho com indenização pelas lesões que a vítima sofreu.

ATÉ AGORA NINGUÉM
PROCUROU A FAMÍLIA

A família também deve acionar o responsável pelos animais na justiça, pois José Francisco costumava trabalhar na colheita de laranja, agora sem uma das pernas não terá mais condições de conseguir um emprego para se manter.

Segundo um irmão de José Francisco, ouvido pela Record, ele tinha a vida normal. A gente tem que esperar ele se reestabelecer para poder dar suporte para ele e cuidar dele. “Até agora não fomos procurados por ninguém, ninguém deu nenhum suporte, nada”, afirmou.

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