De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), elaborados a partir do Censo 2010, provavelmente forçados pela necessidade de trabalhar para ajudar no sustento da família, os homens afrodescendentes formam o maior contingente de pessoas que abandonam os estudos mais precocemente em Olímpia.

De acordo com o instituto de pesquisa esse é o caso de 51,8% da população afrodes­cendente – preto ou parto, segundo o IBGE – superando a média nacional de 47,2%.

Em contrapartida, em relação aos homens brancos olim­pienses, o estudo aponta para o outro lado, ou seja, apenas 26,6% responderam que abandonaram os estudos precocemente, resultado abaixo da média nacional de 33,5%.

Mas considerando de maneira geral, ou seja, somando os homens brancos aos afro­descendentes, embora também abaixo da média nacional, o resultado não deve ser considerado alentador.

Isso porque numa época em que mais se defende a melhora dos índices educacionais, percebe-se que o resultado está longe de ser concretizado. Embora abaixo da média nacional de 41,1%, aproximadamente 35,4% dos homens (sejam de qualquer raça) responderam que abandonaram os estudos mais cedo.

MULHERES ESTUDAM MAIS

Por outro lado, os números indicam que as mulheres olimpienses são mais estudiosas. Pelo menos é essa a conclusão que se pode chegar também a partir do Censo 2010. O grupo composto por negras e brancas que abandonam a escola precocemente é de 26,6%, portanto, abaixo da média nacional de 31,9%.

Porém, mais uma vez o destaque negativo acaba recaindo sobre a população afrodes­cen­dente. Nesse caso a evasão escolar  precoce chega a 37%, apenas meio por cento abaixo da média nacional de 37,5%.

Na outra ponta da linha aparecem as mulheres brancas que, seja por esforço próprio ou mantidas pelas suas famílias, muitas vezes mais abastadas financeiramente, apre­sentaram o melhor resultado da pesquisa relacionada a Olímpia.

Se é que se pode considerar dessa forma, apenas 21,9% das mulheres brancas responderam que abandonaram a vida escolar mais cedo. Em todo o país a média é de 25,4%.