09 de novembro | 2014

Folha encontra bezerro morto dentro do riacho Olhos D'Água

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Além dos vários momentos de tristeza que se percebia no olhar do senhor Dito, que a­presentava um semblante até de saudade ao ver tudo o que já foi feito contra o ribeirão Olhos D’água, outra cena chocante foi quando a reportagem deparou com um bezerro morto, caído dentro da água do rio que quando chega a Olímpia abastece, aproximadamente, 40% da população da cidade.

Em determinados momentos e lugares o senhor Dito olhava com um semblante de tristeza e narrava o quanto o rio se deteriorou com o passar dos anos.

Dizendo ser até que é um defensor da vida do Olhos D’água, contou que quase que diariamente pega a sua motocicleta e percorre toda extensão do rio até sua nascente.

Mas ao se aproximar da nascente do rio, composta por várias minas que chamadas de olhos d’água batizou o cór­rego, contou que várias delas que formavam o rio já secaram.

De acordo com ele, inclusive onde existia a principal mina que dava origem ao rio, o córrego era abundante de água e hoje já está seco, voltando a ter água somente mais de um quilômetro abaixo da nascente original.

Ainda que, com a ajuda das pequenas chuvas dos últimos dias, algumas dessas minas voltaram a despejar água, Mas, segundo ele, a menos de um mês só começava a ter água, mais abaixo ainda.

Muito pior que isso, em relação ao rio e analisando relatos de uma pessoa que conhece bastante a história do mesmo, foi verificar que grande parte dos pequenos outros córregos que também ajudavam na composição do Olhos D’água já está praticamente seca.

Essa situação toda registrada pela Folha, leva a concluir que se nada for feito – ainda há tempo, embora pouco – brevemente a cidade de O­lím­pia vai sofrer ainda mais por causa da falta de água.

BEZERRO MORTO

Um fato bastante interessante foi visto em uma propriedade rural por onde passa o rio. Nesse trecho havia um bezerro morto dentro d´água, já em grande estado de decomposição e praticamente coberto por moscas.

Quer dizer, essa mesma á­gua que estava abrigando o bezerro morto era a mesma que seguiria para as torneiras dos consumidores, uma vez que é a mesma que é captada pela Estação de Captação do Jardim São José, na zona sul de Olímpia, que serve pra abastecer a Estação de Tratamento de Água (ETA), do Jardim Toledo, responsável pelo abastecimento da região central e alguns bairros localizados na zona oeste da cidade.

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