NOVA LEGISLATURA!
Vereadores tomam posse para o mandato 2025-2028 e elegem nova mesa diretora. Com 13 parlamentares empossados, Câmara define liderança política com um discurso de unidade.

DA REDAÇÃO COM BRUNA E NICOLE ARANTES – A posse dos 13 vereadores eleitos para a 19ª Legislatura da Câmara Municipal de Olímpia trouxe consigo o simbolismo do início de um novo ciclo político.

A cerimônia, realizada no plenário do Legislativo na noite de 1º de janeiro, foi marcada por discursos que exaltaram a importância de atuar em prol da comunidade, além da eleição da mesa diretora, que definiu Flávio Olmos (PP) como presidente para o biênio 2025-2026.

Logo após a posse, a votação para a mesa diretora mostrou consenso entre os parlamentares. Olmos foi eleito por unanimidade, acompanhado de Marcelo da Branca (Republicanos) como vice-presidente, Marco Antônio Parolim de Carvalho (Marcão Coca, do MDB) como primeiro secretário e Luciano Ferreira (PP) na segunda secretaria. Durante seu discurso, Olmos destacou a importância de uma gestão transparente e próxima da população.

“A Câmara não pode ser vista como um espaço distante da realidade do cidadão. Nossa missão é torná-la um canal efetivo entre o povo e as decisões que afetam suas vidas”, afirmou Olmos.

O DESAFIO DA REPRESENTATIVIDADE

A composição da nova Câmara traz uma diversidade de perfis, desde vereadores experientes, como Salata (MDB), que inicia seu sétimo mandato, até novatos como Lucimara do Povão (PP), representante das comunidades mais carentes. Apesar disso, a presença de apenas duas mulheres no Legislativo, em uma cidade com população feminina majoritária, evidencia um desequilíbrio ainda latente na representatividade política.

Os discursos de posse destacaram áreas como saúde, educação e segurança. Lucimara enfatizou a necessidade de ações mais incisivas para atender as populações vulneráveis:

“Precisamos olhar para quem realmente precisa, para aqueles que muitas vezes sequer sabem que têm direitos. Meu mandato será dedicado a essas pessoas”, afirmou a vereadora.

Já Gustavo Pimenta (União Brasil) trouxe à tona a questão do turismo, que continua sendo um dos motores econômicos de Olímpia, mas que, segundo ele, precisa ser melhor integrado com os bairros periféricos.

“É inadmissível que tenhamos regiões em pleno abandono enquanto o centro turístico prospera. Precisamos equilibrar isso e trazer os benefícios do turismo para todos os cidadãos.”

ANÁLISE: EXPECTATIVAS E CONFLITOS POTENCIAIS

Embora a eleição da mesa diretora tenha ocorrido em clima de aparente harmonia, os próximos meses revelarão se esse consenso inicial se mantém. A relação entre Legislativo e Executivo será fundamental, principalmente com Geninho Zuliani assumindo novamente a prefeitura. A independência da Câmara estará sob escrutínio, especialmente em pautas polêmicas, como a revisão de concessões públicas e o planejamento urbano.

Além disso, a Câmara enfrenta o desafio de reconquistar a confiança da população. Em um cenário onde redes sociais ampliam o alcance das críticas, será essencial que os vereadores demonstrem efetividade em suas propostas.

O legislativo local, que na legislatura passada contava com 10 vereadores, nesta tem 13 legisladores. São eles:

Flávio Olmos (PP) – 1.422 votos (4,76%)

Zé Kokão (União Brasil) – 974 votos (3,26%)

Fernandinho (PSD) – 939 votos (3,14%)

Luciano Ferreira (PP) – 816 votos (2,73%)

Beto Puttini (União Brasil) – 806 votos (2,70%)

Lucimara do Povão (PP) – 769 votos (2,57%)

Marcelo da Branca (Republicanos) – 739 votos (2,47%)

Sargento Barrera (PDT) – 722 votos (2,41%)

Charles Amaral (Podemos) – 691 votos (2,31%)

Edna Marques (União Brasil) – 652 votos (2,18%)

Gustavo Pimenta (União Brasil) – 625 votos (2,09%)

Marcão Coca (MDB) – 526 votos (1,76%)

Salata (MDB) – 500 votos (1,67%)