28 de julho | 2013

Férias escolares e frio intenso inviabilizam Fefol em julho

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Se por um lado há o discurso positivista de aproveitar o período de férias e levar turistas ao Recinto de Exposição e Praça das Atividades Folclóricas Professor José Sant’­anna, por outro há o fato de as férias escolares e o frio intenso invi­a­bilizarem a realização do festival no mês de julho, como foi proposto pelo prefeito Eugênio José Zuli­a­ni a partir da 47.ª edição do Festival Nacional do Folclore de O­lím­pia.

Com relação às férias escolares, segundo informações divulgadas pela imprensa local durante a semana, a própria secretária municipal de Educação, Eliana An­tônia Du­a­r­te Bertoncello Monte­iro teria reclamado de encontrar dificuldades para arregimentar alunos da rede municipal para compor o e­len­co da apresentação mostrada na abertura oficial.

No caso do festival deste ano, a 49.ª edição, enquanto a previsão anunciada inicialmente pela coordenadora cultural do festival, Maria Aparecida de Araújo Manzolli era para a participação de cerca de 400 alunos, na verdade não teria passado de apenas 140, aproximadamente.

Além das férias, há também o problema do frio mais intenso que normalmente ocorre principalmente na segunda quinzena de julho, no qual já foi muito comum registrar geadas no município de Olímpia.

Nesse caso, por exemplo, as a­presentações dos grupos ensaiados com crianças das escolas municipais previstas para a quarta-feira, dia 24, tanto no período da manhã, quando a noite, acabaram prejudicadas e não foram realizadas por causa da chuva e do frio.

GINCANA ESVAZIADA

Se não se pode afirmar que a Gin­cana de Brinquedos Tradicionais e Infantis que encerrou na quinta-feira, dia 25, e sempre é realizada durante a semana do festival foi prejudicada, pelo menos ficou a certeza de que foi esvaziada também por causa do clima. O mo­tivo foi a falta de crianças para que participassem de todas as atividades.

As brincadeiras foram realizadas todas as manhãs a partir das 7h30 coordenadas por professores e técnicos que ficam à disposição. Algumas atividades foram aproveitadas por jovens, adolescentes e até crianças dos grupos que participam do festival.

Aliás, a quarta-feira foi o grande exemplo da inviabilidade de realizar o festival no mês de julho. No período noturno, princi­pal­men­­te, o público do recinto estava composto na maioria, apenas por integrantes dos grupos que estão se apresentando no festival e estavam escalados para a data.

Também por causa do clima, grande parte de barracas não funcionaram causando inclusive reclamações de pessoas que foram ao recinto e não encontraram o que pretendiam para comer ou mes­mo adquirir algum produto que pretendiam.

Com exceção do primeiro festival realizado no recinto, situações como esta não eram comuns quando os festivais eram realizados em agosto, mês escolhido pelo fol­clorólogo, professor José Sant’­an­na, idealizador e criador do e­vento.

No primeiro ano do recinto, em 1984, quando as barracas eram construídas com bambus e cobertas com lonas, uma tempestade na noite do sábado atrapalhou a movimentação do público, inclusive dificultando a movimentação por causa do lamaçal em que o local foi transformado por ainda não ter a estrutura necessária co­mo tem atualmente, embora ainda faltem muitas coisas a serem realizadas.

PALAVRA QUASE OFICIAL

Por outro lado, segundo uma entrevista que o vice-prefeito Luiz Gustavo Pimenta concedeu a uma emissora de rádio da cidade na noite da quinta-feira, dia 25, exibida também na manhã do dia seguinte, está aberta a possibilidade de que o evento volte a ser realizado no mês de agosto, período oficial do folclore.

Embora não tenha sido categórico ao fazer qualquer afirmação, de acordo com ele há várias situações a serem analisadas, sendo uma delas a dificuldade de arregi­mentação de alunos da rede municipal de ensino para que participem do evento. Mas também chegou a analisar a questão climática, principalmente em relação ao frio.

Basta lembrar que o clima do final de semana em que o evento foi aberto oficialmente, era bastante parecido com o que se verifica durante o mês de agosto normalmente.

Como se recorda inicialmente o festival era realizado na terceira semana de agosto. Depois do falecimento do professor José Sant’­an­na, principalmente, os organi­za­dores começaram a recuar o evento.

Primeiro houve o recuo para a segunda semana com a finalidade de evitar que coincidisse com a Festa do Peão de Barretos, depois houve novo recuo e, finalmente, há três anos surgiu a ideia de Eugênio José Zuliani de carregar o festival para o mês de julho.

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