16 de agosto | 2010

Fefol teve MPB, espetáculos estilizados e até humoristas

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Contrariando todos os princípios defendidos pelo idealizador e criador do evento, professor José Sant’anna, o 46.º Festival Nacional do Folclore (Fefol), que encerra oficialmente neste domingo, dia 15, teve MPB (Música Popular Brasileira), espetáculos estilizados e até humoristas sendo mostrados no palco da arena cultural do Recinto de Exposições e Atividades Folclóricas.


A essa conclusão se pode chegar depois de acompanhar todos os fatos ocorridos desde o sábado, dia 7, com a abertura oficial do festival, até a noite da quinta-feira, dia 12, pelo menos. Desde a noite do sábado, segundo observou a reportagem desta Folha, as alterações foram muito mais profundas do que em anos anteriores.


Se no ano passado a culpa pelo público reduzido ficou por conta da gripe suína, neste ano, provavelmente, pela falta de organização e definição que fez com que o Festival fosse mal divulgado e, o que é pior, menos de 10 dias antes não tinha nem programação.


Mas a falta de informações sobre os grupos que se apresentariam e em quais dias, também pode ter afastado o público do recinto, pelo menos da arquibancada cultural.


No sábado, dia 7, quando da abertura, por exemplo, a programação oficial divulgada anteriormente, anunciava apenas dois grupos do Estado do Paraná, homenageado neste ano, mas, na verdade, outras sete atrações foram apresentadas, sendo que seis delas eram inéditas.


No dia seguinte, novamente houve muitos equívocos. Enquanto cinco grupos anunciados não se apresentaram, outros quatro se apresentaram na parte final da movimentação do palco. Além disso, de surpresa até para a coordenação, pelo menos isto é o que aparentou, surgiu o Grupo Parafolclórico Frutos do Pará, que estava de passagem pelo Estado de São Paulo, e tinha se apresentado em Santa Barbara D’Oeste.


GRUPO DESISTIU

O mesmo problema ocorreu nas noites da segunda-feira, dia 9, e terça-feira, dia 10. Na segunda feira, por exemplo, estranhamente a Companhia de Reis Viajantes de Belém, de Olímpia, cancelou sua apresentação. Já na terça-feira, o Grupo Camalote, anunciado como atração, não apareceu para a apresentação e, provavelmente, nem chegou a Olímpia.

Na noite da quarta-feira, dia 11, outro fato estranho, quando havia nove grupos programados, o locutor oficial do evento, no início, informava algumas simpatias entre um grupo e outro, aparentemente para ganhar tempo, enquanto grupos que não estavam programados, talvez chegassem ao recinto. O resultado foi que as apresentações ultrapassaram a meia-noite. Nessa noite, depois da quarta atração, seis manifestações folclóricas, não programadas, apareceram no palco.


Na noite da quinta-feira, dia 12, teve a apresentação do Terno de Congada Chapéu de Fitas, de Olímpia, cuja apresentação, oficialmente estava marcada para a noite anterior.


Ao que tudo indica a participação do Serviço Social do Comércio (SESC), teria bastante envolvimento na apresentação dos grupos. Inclusive, por conta da entidade, na quinta-feira surgiram dois humoristas no palco, que tinham se apresentado no SESC de Catanduva.

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