01 de agosto | 2015

Fantástico veio fazer reportagem questionando a legalidade da utilização de água pelo Thermas

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Uma equipe do Fantástico esteve recentemente em Olímpia, mais precisamente no Parque Aquático Thermas dos Laranjais, segundo o advogado e diretor do departamento jurídico do clube, Caia Piton, para saber sobre a utilização de água do poço da Agência Nacional de Petróleo, perfurado na década de 60 pela Petrobrás.

A reportagem deve fazer parte do atual contexto de economia de água e possivelmente esteja questionando o fato de a Agência Nacional de Petróleo desde 2012 estar exigindo o fechamento de todos os poços Petrobrás do Brasil. Todos os que foram cons­truídos nas décadas de 50, 60 e 70.

No site do G1/Fantástico, na noite de sexta-feira, já aparecia o anúncio de que a reportagem seria veiculada no domingo, denunciando que o Parque Aquático estaria usando de forma irregular a água do poço da Petrobrás.

O poço da Petrobras local foi perfurado nos anos 60 e repassado à Prefeitura de Olímpia, que, por sua vez, cedeu ao Thermas em regime de co­mo­dato. Ele tem uma vazão de 612 mil metros cúbicos por ano, fica a cerca de três quilômetros do parque. O segundo poço, dentro do próprio parque aquático, tem vazão de 432 mil metros cúbicos anuais e foi perfurado pelo próprio clube em 2004.

Segundo o que foi anunciado, o Thermas teria autorização judicial, mas não teria autorização do órgão do governo federal responsável pela lavra de água do Aquífero Guarani.

Sobre a reportagem, o advogado contou que explicou a eles que o poço da ANP, que é chamado popularmente de poço Petrobras aqui em Olímpia, é utilizado hoje por permissão judicial pelo prazo de cinco anos, dentro dos quais será fechado.

“Como a situação não é somente de Olímpia e sim comum a diversas cidades do País já há vários anos estamos nos preparando progressivamente para a operação do parque sem a utilização do Poço Petrobras”, salientou.

O advogado questiona o anúncio da reportagem, afirmando que a decisão judicial está acima de qualquer tergiversação de pessoas que têm interesse em prejudicar o parque aquático local, hoje já responsável por 60% de toda a economia de Olímpia.

Caia Piton declarou também que: “Somos precursores no reaproveitamento de água em parques aqui no Brasil. Em termos legais é possível outorgar poços com vazões de até meio milhão de litros por hora em nossa cidade, mas acreditamos que em que pese a medida ser legal, figura na contra mão da história em face das possibilidades cada vez maiores da escassez de água”.

E conclui: “Hoje possuímos investimentos de milhões de reais em tecnologia de reapro­veitamento, como uma estação de tratamento de água de 400 mil litros hora, reservatórios de água de 8 milhões de litros e capacidade de aquecer estes reservatórios a mais de 40 graus. Considero, como advogado, que andamos à frente de nosso tempo”, finalizou.

 
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