16 de novembro | 2014

Falta de urbanização põe em risco turistas que utilizam pousadas e chácaras à margem da vicinal Natal Breda

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A falta de uma urbanização acaba gerando riscos à vida de turistas que utilizam as pousadas ou mesmo alugam chácaras à margem da estrada vicinal Natal Breda, principalmente pela falta de iluminação à noite, mas também pela inexistência de boas condições em alguns trechos do acostamento, que exige que os motoristas se arrisquem em manobras perigosas, muitas vezes, quando deixam o Parque Aquático Thermas dos Laranjais para descansar.

Embora a vicinal seja perigosa em toda a sua extensão, essa situação foi verifi­cada pela reportagem desta Folha na tarde desta sexta-feira, dia 14, no trecho entre o Centro Recreativo do Trabalhador (Ceret) Olynto Zambon, conhecido por Ginásio de Esportes e o local de acesso ao Grêmio dos Funcionários da Usina.

A dois quilômetros do Ginásio de Esportes existe um lo­te­amento de chácaras com o local de acesso muito perigoso por causa da própria movimentação da estrada.

Tanto quem segue sentido Olímpia/Tabapuã que necessita cruzar a pista para entrar, quanto quem vem no contrário encontrará um local perigoso. É um lugar onde entram e saem muitos veículos, principalmente aos fins de semana. O problema é que no local não existe sinalização alguma dizendo para reduzir a velocidade, ou que existe saída de veículos.

Como já é de conhecimento dos olimpienses, há cerca de 10 anos nessa região houve um boom já que a região foi loteada e, atualmente, há dezenas de chácaras de lazer, moradias e pousadas. Entretanto, o poder público nada faz em relação a sinalização nesse local.

PRINCIPAL ENTRADA

Foi constatado que na entrada da estrada que dá acesso às pousadas Ackee, Carpe Diem, e Chácara Paraíso, entre outras (é a entrada principal ou única entrada das chácaras no local), existe um acostamento com gramado para onde os veículos que queiram atravessar a rodovia com segurança precisam sair da pista para isso.

Porém, no local também há vários buracos causados pelas enxurradas das chuvas. Certamente muitos motoristas não optariam por fazer a manobra da forma mais correta e segura para acessar o local, principalmente à noite: por causa da falta de iluminação artificial.

No local da entrada de a­ces­so ao Grêmio da Usina Guarani quem segue no sentido de Tabapuã deve fazer um contorno, fora da pista, numa área não asfaltada e com pe­driscos que tem cerca de 4 ou 5 metros de largura, onde também já existe uma pequena valeta beirando a rodovia que foi causada pela chuvas.

Esse é outro local onde também que tem um carro pensaria duas vezes antes de se fazer a opção de sair da pista para depois atravessar.

Durante o período em que permaneceu no local a reportagem detectou que, em razão da estrada nesse trecho apresentar boas condições, os veículos trafegam em alta velocidade, alguns provavelmente acima de 120 quilômetros por hora.

Usuária viu carro parar sobre o asfalto em busca de pousada

Além de muitos veículos de pequeno porte e ônibus de turistas, a estrada vicinal Natal Breda, que foi palco de um a­cidente que resultou em cinco vítimas fatais e que é bastante usada também por caminhoneiros que desviam da praça de pedágio da rodovia Washington Luís, SP-310, em Ca­tigúa, apresenta outros riscos a quem trafega principalmente no trecho entre o Centro de Recreação do Trabalhador (Ceret) e a entrada de acesso ao Grêmio dos Funcionários da Usina.

Há muita imprudência de motoristas. Uma moradora do bairro rural Laranjeiras, região oeste do município, que prefere não ser identificada, mas que trabalha em Olímpia e utiliza a estrada diariamente, conta que acha esse trecho o mais perigoso.

Há muitas pousadas nesse trecho e ela já viu turistas que, procurando seus locais de hospedagem provocando situações perigosas. Em razão do local não ser dotado de a­costamento perfeito ou mesmo apresentem condições de por o carro fora da pista, muitas vezes acionam a seta sinalizando para o lado direito e de repente viram pa­ra a esquerda.

Também de acordo com ela, muitos também não prestam atenção ao movimento ao deixarem as pousadas e acabam entrando na frente de veículos que trafegam em velocidade pela estrada.

ACIDENTE

Um exemplo do perigo que os usuários estão expostos foi um acidente que não teve consequências piores, sem feridos, que aconteceu na tarde da segunda-feira, dia 10, por volta das 14h45, perto do Grê­mio da Usina.

O diretor de Patrimônio da Prefeitura Municipal de Taba­puã, Alessandro Aparecido Giberzan, de 43 anos, morador de Catanduva, conduzia um Ford Focus da prefeitura no sentido de Olímpia e no top da lombada deparou com uma camionete Volkswagen Saveiro que estava no sentido contrário e tentando fazer u­ma ultrapassagem em local perigoso.

Para evitar uma colisão frontal ele saiu para o “acostamento”, mas perdeu o controle da direção e voltou para o asfalto, atravessou a pista e, depois de subir em um barranco, caiu com o bico do carro batendo no chão, avariando a lateral dianteira esquerda do carro. Mas não houve vítimas.

Outro problema é a quantidade de buracos. Uma moradora do bairro rural São Benedito do Turvo, região sudoeste do município de Olímpia, relata que o asfalto da estrada “está cheio de buracos novamente causando muito perigo, porque as ultrapassagens são muito perigosas”.

Segundo ela, os buracos são os mesmos que já foram tapados recentemente pela Prefeitura de Olímpia e desviar de buracos também é uma manobra perigosa: “Avisa a Prefeitura para tapar (buracos) porque senão vai acontecer muitos acidentes”, reclamou em uma emissora de rádio.

Também de acordo com essa moradora o movimento aumentou bastante nos últimos anos e os motoristas conduzem seus veículos em alta velocidade. “Não tem sinalização nenhuma”, reclama.

 

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