31 de agosto | 2014

Falta de dinheiro pode levar ONG a reduzir atendimentos

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De acordo com Aparecida do Carmo Pama, conhecida por Ci­di­nha Pama (foto), uma das responsáveis da ONG – S.O.S Animais, a falta de recursos financeiros para saldar compromissos assumidos poderá levar a entidade a pelo menos reduzir os atendimentos.

A possibilidade de redução se deu ao descartar qualquer possibilidade de extinção da ONG: “Olha, eu não sei se extinguir, porque esse grupo que está na diretoria tem excesso de amor aos animais, então acho difícil, mas a gente talvez tenha que frear um pouco o atendimento”, avaliou a situação.

Frear o atendimento, segundo ela, significa deixar de socorrer “aqueles bichinhos que a gente sabe que está precisando e muito. Então, se a gente parar de fazer esse trabalho, de cuidar dos bichos que estão na rua a população sentirá porque vai tropeçar em muito cachorro abandonado no meio da rua e isso não é uma visão muito bonita, principalmente para o turista”.

AJUDA ATÉ DA JUSTIÇA MAS NÃO É SUFICIENTE

A Organização Não Governamental (ONG) SOS Animais, de Olímpia, que atua na defesa dos animais, principalmente os cães que são abandonados nas ruas, tem recebido doações de condenados pela justiça por crimes de menor potencial ofensivo que praticaram. São casos em que a condenação é transformada pela autoridade judicial em prestação de serviços comunitários ou doações de cestas básicas, que no caso seria a doação de rações para os animais.

Embora não se trata de doações substanciais, ou seja, que seriam suficientes para solucionar os problemas financeiros para a sobrevivência da ONG, essas doações que vem dessas pessoas condenadas por esses tipos de crimes tem ajudado a acolher animais abandonados e até os que são vítimas de maus tratos.

Acolher os animais vítimas de maus tratos e verificar o que está ocorrendo, inclusive denunciando proprietários, é uma das obrigações de uma ONG como a SOS Animais. “As denúncias de maus tratos que chegam até nós, gente faz boletim de ocorrências e conseguimos condenações com isso. Então, é só ir atrás que consegue”, explica.

AJUDA, MAS NÃO BASTA

No entanto, essas doações não são suficientes e, além disso, não é sempre que essa medida pode ser adotada pela autoridade do Poder Judiciário. “Lá há um rodízio. Lá tem diversas entidades para serem atendidas. Então, às vezes a gente pega a cada três ou quatro meses. Tem o rodízio e vai até chegar à gente de novo”, comentou.

Mesmo assim, Cidinha Pama demonstra que se trata de uma situação que pode ser comemorada. “O bom é que o juiz de direito, o Poder Judiciário de Olímpia, reconhece que a gente faz um trabalho muito bom e bonito”, assevera.

Em razão disso reforça que o trabalho que ela e suas companheiras realizam com através da ONG não é apenas uma coisa de “meia dúzia de pessoas sonhando alto não”. “Esse trabalho é reconhecido. Por isso, a gente quer agradecer a Polícia Militar que em maus tratos ela sempre está disposta a nos acompanhar e esse momento é oportuno de agradecer”, acrescenta.

Mas o agradecimento de Cidinha Pama se estende para o lado da Polícia Civil. “Já tivemos situação do próprio delegado de plantão sair da sala dele para nos acompanhar para recolher um animal vítima de maus tratos”, relata.

Porém, Cidinha Pama avisa que é necessário que a população se conscientize da necessidade da continuidade desse trabalho. “Um animal doente no meio da rua é questão de saúde pública. Nós estamos numa cidade turística e temos a obrigação de quando o turista chegar e ver uma cidade bonita. É muito desagradável você está passeando e trombar com cachorros doentes caídos pelas calçadas. Além da gente gostar dos bichos, nós gostamos de gente! Porque a gente está cuidando do bicho por amor e por amor ao ser humano, também”, avisa.

Uma forma de a população ajudar a ONG SOS animais é fazer doações em dinheiro através do depósito na conta da Caixa Econômica Federal: 03001290-0 é ou através de doações em ração. “Qualquer quantidade que a pessoa puder depositar ou qualquer quantidade de ração que quiser doar. A ração a gente pede que a pessoa encaminhe para a marmoraria do Zé das Pedras”, finaliza.

 

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