Na opinião da professora Ana Paula da Cruz Silva (foto), 26 anos de idade, ainda falta consciência tanto aos homens, quanto às próprias mulheres, para que o ‘Dia Internacional da Mulher, celebrado neste dia 8 de março, represente verdadeiramente o que são os direitos femininos.

Embora reconheça que as mulheres tiveram muitas conquistas, quando compara as dificuldades que as mulheres enfrentavam, por exemplo, na década de 50, ou seja, quase 60 anos atrás, quando nem mesmo tinham direito ao voto, a falta de conscientização ainda sobressai quando opina a respeito.

"Mas acho que precisa melhorar bastante e que ainda tem muita coisa necessária para continuar. Falta uma conscientização tanto às mulheres, quanto aos homens a respeito do próprio direito feminino", declarou.

Ana Paula explica que o que ainda falta está ligado à própria educação. "São os pais ensinar os filhos de como se comportar, são as mulheres terem a consciência de que se forem agredidas irem a uma delegacia denunciar, são os homens terem consciência de como tratar suas esposas. Acho que é essa parte".

Uma das conquistas que cita é a própria lei Maria da Penha. "Acho que a lei veio a calhar e está ajudando bastante. Mas é difícil falar porque criam várias leis para coibir as agressões às mulheres e, por outro lado, você ainda vê casos de agressões".

A professora entende que é necessário conscientizar a população. Porém, lembra que surgem outros fatores sociais: "a educação, a moradia, isso tudo influencia em ser ou não agredida. É necessário melhorar a educação da população".

E acrescentou: "Você pode perceber que as agressões geralmente acontecem em locais precários, ou sejam, em favelas, onde existe o mais baixo nível social". Entretanto, acredita que isto também vai melhorar bastante.