14 de julho | 2024

Ex-vereadora cria confusão na CEI e abandona o depoimento

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BAIXARIA NA CÂMARA!
Alessandra, que busca a revisão de sua cassação, foi convocada após ser mencionada em um áudio divulgado no podcast “Pod Pai e Filha”, compareceu na CEI para acusar vereadores e fugiu ao ter que responder perguntas. Presidente da CEI estuda convocação coercitiva.

A ex-vereadora cassada, Alessandra Bueno, que quer que a própria câmara reveja sua cassação, esteve no local na manhã de quinta-feira, convocada que estava para ser ouvida na CEI – Comissão Especial de Inquérito que apura o caso da contratação de empresas terceirizadas de mão de obra pelo atual prefeito, principalmente a Bravos, que gerou o primeiro escândalo grave no governo atual.

Alessandra chegou, ao que se informa, como sempre, tentando causar barraco no legislativo, acusando vários vereadores de irregularidades, sem, no entanto, apresentar provas. Quando começou a ser inquirida pelo vereador Márcio Iquegami, presidente da CEI, deixou o local esbravejando.

EXPLICAR ÁUDIO
DO DONO DA BRAVOS

O presidente está agora estudando convocar a vereadora cassada coercitivamente para explicar o áudio que foi divulgado no podcast “Pod Pai e Filha”, onde o ex-proprietário da Bravos dá a entender que foi obrigado a contratar a ex-vereadora logo após sua cassação para trabalhar no Ginásio de Esportes, mas sem aparecer na lista de terceirizados que era enviada para a prefeitura.

Ao chegar na CEI, Alessandra iniciou seu depoimento acusando vários vereadores de irregularidades. No entanto, ela não apresentou provas concretas para embasar suas acusações. A situação se agravou quando o vereador Márcio Iquegami, presidente da CEI, começou a inquiri-la. Alessandra deixou o local esbravejando e recusando-se a responder as perguntas.

EX-VEREADORA NÃO
COLABOROU COM A CEI

Em declaração ao podcast “Pod Pai e Filha”, o vereador Iquegami afirmou: “A ex-vereadora Alessandra foi convocada para prestar esclarecimentos sobre o áudio em que o ex-proprietário da Bravos afirma que foi obrigado a contratá-la para trabalhar no Ginásio de Esportes, mas sem aparecer na lista de terceirizados enviada à prefeitura”. Segundo ele, Alessandra não colaborou com a investigação e deixou a sessão tumultuada.

Durante o episódio do podcast no mesmo dia, o apresentador José Antônio Arantes mencionou que Alessandra havia sido intimada no mesmo dia em que protocolou um requerimento para a revogação de sua cassação. “Naquele dia e naquele momento, o departamento jurídico da Câmara acabou intimando a ex-vereadora a participar de uma audiência da CEI”, disse. No entanto, Alessandra teria se recusado a assinar o documento da intimação, alegando que não compareceria. “Ela tinha colocado nos comentários do próprio podcast do dia anterior que não iria”, completou.

VEREADORA CASSADA MINIMIZOU
SUA CONTRATAÇÃO
DIZENDO QUE GANHAVA R$ 2 MIL
PARA LAVAR BANHEIRO

Ainda no podcast foi mencionado pela âncora Bruna Arantes que Alessandra fez postagens em suas redes sociais alegando que a cobertura do caso pelo programa estava sendo feita para atender interesses de patrocinadores. “Ela diz que a gente estava fazendo tempestade no copo d’água, simplesmente atendendo os interesses dos nossos patrocinadores”, afirmou a apresentadora. Alessandra também justificou sua contratação pela Bravos, afirmando que trabalhava no Ginásio de Esportes realizando serviços gerais, inclusive limpeza de banheiros, e que recebia um salário de dois mil reais por isso.

Os apresentadores discutiram a importância de investigar se Alessandra tinha conhecimento do suposto ilícito envolvendo sua contratação. “Se ficar provado que houve cambalacho na contratação dela, que houve a ordem do assessor do prefeito para contratá-la para calar sua boca e não ser colocado o nome dela na relação de folha de pagamento, é um ilícito passível de questionamento judicial”, disseram.

ÁUDIO É PEÇA-CHAVE

O áudio divulgado pelo podcast é peça-chave na investigação da CEI. Nele, o ex-proprietário da Bravos sugere que Alessandra foi contratada para silenciar suas críticas ao governo e apoiar o prefeito. “Pelo que está no áudio, ela foi contratada para não falar mal do capa preta, para eleger o capa preta, o capa ouro, e puxar o saco do prefeito”, disseram os apresentadores reforçando que, se Alessandra tinha conhecimento dessa manobra, ela seria partícipe do ilícito.

Márcio Iquegami, presidente da CEI, mencionou que medidas mais drásticas serão tomadas para garantir que Alessandra preste os esclarecimentos necessários. “Estamos estudando a possibilidade de convocar a ex-vereadora coercitivamente”, afirmou. Segundo ele, a presença de Alessandra é crucial para o andamento das investigações e para esclarecer os pontos obscuros mencionados no áudio.

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