23 de julho | 2017

Ex-delegado condenado por estuprar a neta em hotel de Olímpia é preso em Itú

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O ex-delegado Moacir Ro­drigues de Mendonça (foto), que foi absolvido em O­lím­pia e depois, em recurso da promotoria ao TJ – Tribunal de Justiça de São Paulo, condenado a 18 a­nos e 8 meses em regime fechado por ter estuprado sua neta em um hotel de Olímpia, foi preso na quinta-feira, 20, em Itu, SP.O crime teria acontecido em setembro de 2014, em um hotel da cidade quando o delegado na companhia da neta veio passar um fim de semana em O­límpia. O con­vite partiu do avô, na é­poca com 62 anos.

O combinado era de que ele viria com a neta, a irmã dela e uma irmã dele, mas na última hora ele decidiu viajar só com a menor, que na época tinha 16 anos.

O mandado de prisão foi expedido na terça-feira, 18, pela Vara Criminal da comarca de Olímpia. À TV­Tem de Rio Preto, o advogado de defesa de Moacir disse que ele foi levado pa­ra o presídio da Polícia Civil em São Paulo. O ex-delegado ainda pode recorrer do caso. O processo cor­re em segredo de Justiça.

O CASO

Em 2016, o Ministério Público de Olímpia recorreu ao Tribunal de Justiça da sentença que absolveu o delegado. A mãe da adolescente também pediu para a advogada da família contestar a decisão do juiz de Olímpia.

A jovem contou, à época, que já na primeira noite da viagem, em 2014, foi obrigada a ter relação sexual com o a­vô. “Ele me puxou pelo braço e me jogou na ca­ma. Eu fiquei muito assustada. Senti muito medo, porque eu nunca iria imaginar que ele ia fazer esse tipo de coisa.”

Na segunda noite, o a­vô, segundo a jovem, tentou de novo, mas dessa vez ela conseguiu se livrar dele. “No segundo dia ele tentou, e eu empurrei ele. Ele falou que queria se despedir de mim, porque no outro dia a gente ia embora e eu fiquei entre a cama e a escrivaninha, encolhida. Ele comprou um celular para mim e falou que era pra ficar entre eu e ele e que se eu falasse alguma coisa, ele ia falar que eu e­ra louca”, afirma.

Durante 20 dias a adolescente não contou na­da a ninguém, nem para os pais.

“Fiquei meio que em estado de choque. Eu queria falar, mas eu não conseguia, eu ficava irritada por qualquer coisa. Comecei a trancar as portas para ficar sozinha, não aguentava mais, só chorava, comecei a questionar a existência de Deus, por que deixou acontecer isso comigo.”

Nos seus depoimentos o delegado negou que manteve relação sexual com a neta, mas o juiz não acreditou na versão do delegado e, na sentença, afirmou estar convencido de que ele manteve relação sexual com a adolescente, mas, declarou também ter convicção de que a adolescente teria concordado com tudo e que ela teria condições de reagir e impedir o avô, que não usou de força física.

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