14 de setembro | 2014

Escolas estaduais são reprovadas no segundo ciclo do fundamental

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As escolas da rede estadual de Olímpia, que são responsáveis pelo ensino do segundo ciclo do ensino fundamental, ou seja, entre o 6º ao 9º ano, foram reprovadas pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), de 2013. Elas atingiram apenas a média 4,8 enquanto que a meta era 5,1, ou seja, ficaram com uma variação de menos 0,3.

Aliás, essa foi uma situação verificada em 70% dos municípios da região noroeste, segundo a matéria divulgada na terça-feira, dia 9, pelo jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto.

Segundo o jornal, a cada 10 cidades da região sete estão com a qualidade de ensino abaixo do esperado para o segundo ciclo do fundamental. Nessa etapa, de 99 municípios 71 não atingiram as metas propostas.

O município de Dolci­nó­polis que tem 2.145 habitantes, por exemplo, obteve no­ta 5, enquanto a esperada era de 6,5. Outra distante da meta é Ca­ti­guá. A projeção era de que o ín­dice fosse 6, mas a nota foi 4,6.

Em Gastão Vidigal, o Inep previa 5,9, bem acima dos 4,7 conseguidos. Desempenho a­in­da pior apresentaram Fronteira (3,5), Severínia (3,8) e Riolândia (4).

“Os anos finais do fundamental chamamos de etapa esquecida. É um modelo que não muda há muito tempo. Uma situação que vínhamos diagnosticando desde a última edição do IDEB (em 2011). Isso porque o governo acreditou que, focando nos anos iniciais, os alunos iriam bem no restante do ensino. Mas isso não ocorreu. Cada etapa tem sua peculiaridade”, disse ao jornal Ri­car­do Falzetta, gerente de conteúdo da ONG Todos Pela E­ducação. Por isso, se­gun­do o especialista, as notas são boas nos a­nos iniciais. Das 99 cidades da região, 56 atingiram a meta, 39 não atingiram e 4 não tiveram suas notas di­vul­gadas a pedido dos municípios, conforme a lei portaria do Inep nº 304, de 24 de junho de 2013. Exemplo disso é Fronteira. A cidade tem a pior nota da região nos anos finais, porém teve índice 5,8 nos anos iniciais, bem acima da meta, que era de 4,6.

Já a educadora Debora Cris­ti­na Piotto, da USP Ribeirão Preto, acredita que as baixas notas também podem ser atribuídas aos baixos salários, precárias condições de trabalho e desrespeito por parte de go­vernantes “que gestões a­pós gestões renovam a prática de elaborar “pacotes pedagógicos” ordenando aos docentes que os cumpram sem ouvir os professores e sem investir seriamente na formação continuada desse profissional”.

ESTADO APROVA ÍNDICE

Por outro lado, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo afirmou apenas que o I­D­EB aponta que a rede estadual avançou nas duas fases do ensino fundamental e, no ensino médio, manteve-se co­mo a segunda melhor rede do País. “Nos três níveis de ensino, São Paulo está acima da mé­dia nacional entre todas as redes estaduais”, afirmou em nota.

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