A Secretaria Municipal de Educação de Olímpia vai instaurar sindicância para apurar em quais circunstâncias um estudante de 6 anos de idade, teve parte do dedo anelar da mão direita decepado durante o período de aula, na semana passada, na Escola Municipal “Dona Luiza Seno de Oliveira”, no Jardim Paulista, zona leste da cidade.

Por outro lado, de acordo com jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto, traumatizado, o estudante Luiz Henrique Aparecido de Souza Duarte está afastado da escola desde a ocorrência, no dia 26 de fevereiro e não há previsão para seu retorno. “Não sei que dia meu filho vai conseguir voltar à escola porque ele anda muito agitado, tem pesadelos a noite”, diz a mãe do aluno, a lavradora Márcia Cristina Faria, 33 anos.

De acordo com a secretária de Educação de Olímpia, Eliana Antônia Duarte Bertoncello Monteiro, foi realizada uma reunião na escola na segunda-feira desta semana, dia 4, com a participação dos pais dos supostos alunos agressores.

“Estamos apurando os fatos e uma sindicância está sendo instalada. Já fizemos a reunião na escola, mas a mãe de Luís Henrique não compareceu. A ideia era ouvir os estudantes acompanhados dos pais para que não houvesse controvérsias. Agora iremos convidá-la a vir até a secretaria, já que formalmente não temos nenhuma denúncia registrada”, afirma Eliana Bertoncello.

A mãe do garoto ferido afirma que três crianças bateram a porta do banheiro no dedo do seu filho. “Me ligaram pedindo para que eu buscasse meu filho porque ele tinha prensado e machucado um dos dedos na porta do banheiro, mas chegando em casa ele me contou que as crianças haviam batido a porta no dedinho até machucar”, relata Márcia Cristina.

O menino estava com um pano enrolado no ferimento quando foi retirado da escola pela mãe. A mãe conta que estava muito nervosa e achou que o dedo havia sido esmagado. “Corri para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). E no outro dia levei meu filho para a Santa Casa, onde foi operado para reconstruir parte da falange.”

Na sexta-feira passada, a mãe procurou o Ministério Público para fazer a denúncia. O promotor da Cidadania, José Márcio Rossetto Leite, contou que na segunda-feira encaminhou ofícios à delegacia central, à Promotoria de Infância e Juventude e ao prefeito Eugênio José Zuliani para que “fosse dada maior atenção ao caso devido à sua gravidade”.

O promotor acrescenta que orientou Márcia Cristina a procurar a Justiça, após a conclusão do inquérito, para mover ação indenizatória contra o município. “A criança se feriu na unidade de ensino e a mãe relatou outros episódios de agressão e irregularidades. Além do dano físico, ele sofreu danos psicológicos também”, diz Leite.

Márcia Cristina afirmou que irá seguir com a denúncia e que deseja providências. “São apenas crianças que deveriam ter sido cuidadas para que não acontecesse isso”, avisa. Ela acrescenta que não pretende transferir seu filho de escola.

“Quero que cuidem bem deles, a escola tem que melhorar e não meu filho mudar. Vou até o fim com a denúncia. Só não compareci à reunião (na escola) porque passei mal com problemas de diabetes, mas com certeza irei até a Secretaria de Educação”, reforça.

Ainda consta que procurada na quarta-feira, dia 6, pelo Diário, a diretora da escola municipal, Patrícia Maria Pimenta, não foi encontrada para falar sobre o assunto.

Também a titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Olímpia e responsável pelo caso, Maria Tereza Ferreira Vendramel, foi encontrada durante toda a tarde da quarta-feira.

Em relação à eventual punição dos agressores, a secretária de Educação afirmou que providências serão tomadas após a conclusão da sindicância. “Estamos na etapa de apuração e o que for cabível legalmente iremos adotar após esclarecermos o ocorrido”, diz Eliana.