27 de junho | 2021

E o incendiário terrorista era “bolsominion”

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“Resta saber se estava sozinho na ação, o que também seria surpresa e grande se confirmar que agiu solitariamente por não ser prática dos que abominam o pensamento radical “negacionista”.


Do Conselho Editorial

As instalações deste jornal e da Rádio Cidade, há três meses sofreram um ataque a sua liberdade de expressar único na história do município.

Exatamente na madrugada do dia 17 de março, Cláudio José de Azevedo Assis (o Baia), bombeiro municipal, ateava fogo nas instalações onde funcionam, além da redação deste jornal, o jornal eletrônico Ifolha e a Rádio Cidade.

No prédio incendiado moram o jornalista José Antonio Arantes, sua esposa e netinha, que correram risco de morte em razão do incêndio terrorista.

Na época, o jornalista atribuía o incêndio a possíveis “Bolsominions” terroristas que, de algum tempo, vinham se manifestando nas redes sociais de forma desfavorável a pauta “antinegacionista” dos órgãos de comunicação.

Com ódio desmedido estes “Bolsominions” terroristas manifestavam opiniões absurdas acerca do jornalista, sua filha e família em razão do mesmo se posicionar a favor da ciência em relação ao tratamento da Covi-19, doença provocada pelo vírus Sars-CoV-2.

O termo terrorista utilizado pelo jornal tinha e tem por objetivo delimitar o terror estimulado por este pessoal que prega práticas que alavancam o genocídio que ocorre no país e que já registra mais de 500 mil mortes.

Lógico que não se generaliza e não se pretende colocar no mesmo balaio todos os que apoiam o tresloucado primeiro mandatário, porem, os radicalmente contra vacinas, ciência, utilização de máscaras, favoráveis a tratamentos sem eficácia estão no pacote e merecem desprezo dos membros civilizados da sociedade.

São tão radicais, desinformados, sem consciência e sem empatia que não se espera de suas cabeças nada mais que a manifestação de pensamentos simplistas, sem fundamentação lógica e carregados de preconceitos inconcebíveis.

Pela obviedade e falta de senso e noção do ridículo manifestada naquilo que interpretam como opinião, aliada a violência com que pretendem impor sua opinião, natural que o jornalista e seu entorno, a época da tragédia, imaginasse que o autor do incêndio criminoso fosse um “bosominion”. E foi!

Os ataques sofridos na internet, por parte de comerciantes (grande parte) negacionistas locais que fizeram movimento contra as medidas de restrição adotadas pelo prefeito Fernando Cunha e contra o posicionamento do jornalista em favor da ciência, permitiam pensar que o ataque partiu de “bosominions”.

Embora “bosominions” cérebros de galinhas garnizé, a época, na internet, se rebelassem contra a suspeita de que um deles pudesse ser o terrorista incendiário e até sugerissem que o próprio jornalista houvesse colocado fogo na sua propriedade, não foi surpresa a revelação que um deles havia incendiado o prédio.

E, após exaustiva investigação jornalística, pressão sobre as autoridades, informações em “off” se chegou ao bombeiro municipal Claudio Cláudio José de Azevedo Assis, ( o Baia).

Estranhamente, o bombeiro incendiário aparece em manifestação contra decretos municipais de controle da pandemia, flagrado pelas câmaras de segurança da prefeitura, junto a um amigo advogado como se fossem os organizadores do evento.

Não bastasse a proximidade entre o incendiário e o pretenso amigo advogado que participava consigo na manifestação contra o prefeito na praça e que foi filmado junto com ele pelas câmeras de segurança, antes do atentado, o mesmo, nos últimos dois meses, ajuizou, em nome próprio ou patrocinou, como advogado, em nome de outros membros de uma espécie de gabinete do ódio, contra o jornalista, a filha, o jornal e a Rádio, apenas e tão somente 06 queixas crimes e 06 ações de dano moral.

Por mais que os negacionistas “bolsominions” neguem ou não aceitem que se marque eles como retrógados, ultrapassados, desinformados,violentos, eles mesmos, quando escrevem ou abrem a boca, comprovam a ausência total de conhecimento que permita habilitá-los para uma discussão mais séria, mesmo que acerca de assuntos banais.

Tanto assim é que se suspeitava que quem estava por trás do atentado terrorista contra o jornal poderia ser um “bosominion” e não foi surpresa quando se descobriu que era.

E se revelou o que já se presumia: o incendiário terrorista era “bolsominion”. A surpresa é que era bombeiro, profissional que tem por missão apagar fogo e não incendiar casas.

Como maioria dos “bosominions” não tem noção de nada ou coisa alguma, agiu dentro do que se espera de alguém que nega a ciência e a lógica.

Resta saber se estava sozinho na ação, o que também seria surpresa e grande se confirmar que agiu solitariamente por não ser prática dos que abominam o pensamento.

Lobos andam em matilhas.

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