21 de junho | 2020

Desrespeito da população pelas regras da quarentena já virou caso de polícia

Compartilhe:

Os sete fiscais que a prefeitura tem
não dão conta de fiscalizar as
irregularidades que viraram rotina.
Não adianta ter decreto proibindo
se não tem quem faça cumprir a lei.

José Antônio Arantes

Embora não se tenha co­mo aferir estatisticamente a situação, o que se verificou acintosamente desde o dia primeiro de junho, quando foi decretada a última flexibilização positiva em Olímpia e a cidade passou para a fase amarela do Plano do governo do Es­tado, foi um aumento de casos de pessoas se reunindo e, por conseguinte, não se preocupando com as aglomerações que é a principal recomendação da quarentena.

Foram casos de festas em chácaras e casas de tem­poradas e até baile Funk em pleno canteiro da Avenida Constitucio­nalis­ta de 32. Reuniões e festinhas em residências particulares e no próprio comércio o frontal desrespeito por parte de bares, lanchonetes e restaurantes que passaram a ter autorização para ter atendimento direto ao público.

Nesse caso, o desrespeito ficou patente em vários casos no que tange ao dis­tanciamento, com a exigência de que as mesas sejam ocupadas por apenas duas pessoas e que cada uma delas fique distante dois metros das outras. Claro, também o uso de máscaras.

GRANDE PARTE DA POPULAÇÃO PARECE ESTAR ACREDITANDO QUE É UM SIMPLES GRIPEZINHA

Se não existe dado estatístico ou oficial sobre estes números, o que se notou foi que com o aumento do número de estabelecimentos com a­tendimento direto ao pú­blico, o trabalho da fiscalização que possui apenas sete fiscais ficou ainda pior e, além do longo tempo de quarentena (neste sábado chegamos a 3 meses do primeiro decreto) e a incredulidade total da população que parece ter, em grande parte, aderido ao discurso do presidente da república de que a pandemia é uma gripe­zinha.

Na segunda-feira, por e­xemplo, tivemos um Boletim de Ocorrências registrado na delegacia local de um fotógrafo de 66 anos, de Limeira, que disse na polícia que por hora se encontra em Olímpia, reclamou que foi ao Banco do Brasil e a agência local estava tratando com descaso e não cumprindo o que é exigido em termos de medidas protetivas nem internamente, que dirá na organização de filas.

Ele deixou claro que estava registrando o BO para preservar os seus direitos e acionar o Banco em caso de ter complicações de sa­úde por causa da situação em que se encontrava o banco na ocasião, propícia para a propagação do vírus.

FESTAS DE TRÊS DIAS DE DURAÇÃO  TIVERAM RECLAMAÇÃO NA DELEGACIA

Mas para comprovar que chácaras estão sendo oferecidas abertamente pela internet e alugadas para a realização de festas que duram vários dias que na semana passada foram registrados dois boletins de ocorrência de que isto está acontecendo.

Dois vizinhos de uma chácara no bairro Taman­duá registraram ocorrência contra o barulho de uma propriedade vizinha onde estas festas se realizam praticamente todo final de semana e começam com som alto na noite das sextas-feiras e vão até o final da noite dos domingos, sem parar.

Se não existem dados oficiais, pelo menos o que se nota é que a coisa ficou tão descontrolada que já virou até caso de polícia.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas