23 de março | 2008

Deputado diz que negar vistas é política repressiva contra cidadão

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 Ao deixar um recado aos filiados do município de Olímpia, o deputado federal Ivan Valente, do Psol (Partido Socialismo e Liberdade), afirmou que o fato do presidente da câmara municipal de Olímpia, vereador Francisco Roque Ruiz, ter negado vistas às contas do prefeito Luiz Fernando Carneiro, relativas ao ano de 2004, é adotar uma política repressiva e, além disso, diretamente contra o cidadão.

Além disso, a atitude adotada, para Valente representa que o grupo político liderado pelo prefeito Carneiro passou a demonstrar que está bastante receoso com qualquer possibilidade de surgir alguma investigação sobre as possíveis irregularidades incluídas no parecer técnico do TCE (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo).

"Porque ao adotar uma política repressiva contra o cidadão e militante do Psol, eles estão demonstrando o verdadeiro pavor de ser investigado", justificou o deputado federal durante entrevista que concedeu à reportagem desta Folha, na tarde do sábado, dia 15, quando esteve visitando a cidade de São José do Rio Preto.

Valente entende que, ao contrário de se sentirem confusos com a situação, os militantes devem ver a atitude do prefeito Luiz Fernando Carneiro e do presidente da câmara, vereador Francisco Roque Ruiz, que ambos devem ter receio de um partido político "sério que só quer a transparência da gestão pública", possa exercer o efeito esclarecedor sobre a sociedade.

"De modo que os militantes do Psol devem se orgulhar da atuação de seus militantes que fizeram essa mudança pública. E não só se orgulharem, devem participar da vida política da sua cidade e do próprio partido, fortalecer", reforçou o recado aos militantes locais e a toda população da cidade: "Entendo como medo de que a sociedade tenha acesso às contas que deveriam ser públicas, onde deveria haver transparência", acrescentou.

O deputado ressaltou que o comerciante Marco Antônio dos Santos, presidente do Psol local, exerceu o direito de cidadão ao buscar a verificação das contas, situação à qual teria direito mesmo que não pertencesse a algum partido político: "Ele não precisa, como cidadão, ser membro de diretório registrado".

Tecendo críticas à denúncia formulada por Ruiz de crime de falsidade ideológica imputado a Santos, avisa que o partido tem liberdade de ser organizar como quiser. "Se organiza em grupos e a única necessidade do registro no cartório é para concorrer a cargo eletivo, de modo que o prefeito e o presidente da câmara estão se emiscuindo em questões internas do partido político democrático constituído", afirmou.

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