09 de novembro | 2014

Depredação humana seca as nascentes do Olhos D’água

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Depredadas pelos serem humanos que atuam ilegalmente nas redondezas, grande parte das nascentes que ajudavam a formar o córrego Olhos D’água, na região do Distrito de Álvora, no município de Severínia, já estão secas e fazendo falta para abastecer parte de cidade de Olímpia, que hoje sofre com o racionamento de água em sua região central.

Além de visitar o local, por duas vezes nesta semana a reportagem percorreu o já pequeno e exaurido leito do riacho, que, além de cortar e dividir a cidade praticamente ao meio é responsável pelo abastecimento das torneiras de aproximadamente 40% da população olimpiense.

Seguindo pela estrada ru­mo ao município de Seve­rínia, onde nasce o ribeirão, em diversas propriedades rurais é possível dizer com certeza que existem pastos até as margens do rio. Quer dizer, não há mais a vegetação nativa que antes dava guarida ao rio.

Não se percebe mais nada que faça proteção, tanto às nascentes, quanto ao percurso do rio. Trata-se de uma situação irregular, uma vez que a legislação do Meio Ambiente do Brasil diz que é preciso que se tenha um mínimo de mata nativa, tanto de um lado como de outro.

Verificando um trecho de aproximadamente cinco quilômetros dá para se dizer que mais da metade das pessoas envolvidas com o local não preservam um mínimo da mata ciliar.

A reportagem estava acompanhada de um senhor que viveu no local desde quando ainda criança, que relatou em vários trechos que o rio tinha uma vazão muito maior do que existe hoje, e que existiam inclusive, lugares onde havia muitos peixes e a mata era muito densa. Em vários desses trechos atualmente só existe pastagens.

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